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Terça - 24 de Abril de 2012 às 13:13
Por: Renê Dióz

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O deputado estadual Mauro Savi declarou justa a escolha de Luiz Antônio Pagot por sair do PR, mas reagiu com estranheza à frase do ex-superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciando que dirá “a verdade, doa a quem doer”.

Para o parlamentar, se Pagot guarda mesmo tantos detalhes sobre os bastidores do Dnit e das denúncias envolvendo o órgão, deveria tê-los revelado durante a sabatina a que se submeteu no Senado, no ano passado.

Prestes a declarar na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) tudo o que sabe a respeito dos indícios de corrupção no braço mais importante do Ministério dos Transportes, Pagot falou nesta segunda-feira (23) ao Olhar Direto que se prepara também para revelar detalhes do envolvimento de figuras do PR com empreiteiros da Delta Construções e sobre escutas telefônicas feitas sem autorização judicial.

“Então demorou. Ele deveria ter falado tudo o que sabe na sabatina do DNIT no Senado”, criticou Savi, referindo-se à ocasião, em meados do ano passado, em que Pagot foi convocado para falar sobre denúncias de cobrança de propina dentro do Dnit, além de indícios de esquemas escusos praticados entre empreiteiras para superfaturar obras.

As denúncias provocaram a queda de Pagot.

Ainda no bojo da saída de Pagot do PR, Savi também criticou a fala do ex-diretor do Dnit de que não poderia mais ficar no mesmo partido dos deputados federais Valdemar Costa Neto (presidente de honra da sigla) e Wellington Fagundes, o qual o teria pressionado para amenizar as cobranças em cima da construtora Delta quando das obras de duplicação da rodovia BR-163 (no trecho da Serra de São Vicente).

Em tom de ironia, Savi comentou a decisão em caráter irrevogável pela saída, tomada logo agora. “Ele foi um filiado importante e se sentiu no direito de sair, mas como é que ele podia ficar até ontem?”, questionou.

O deputado também fez questão de negar que haja crise no PR, especialmente após a saída de Eder Moraes do posto de secretário da Copa de 2014 em Mato Grosso.

Para ele, o que há são impasses com relação a alguns membros do partido e não uma crise generalizada com força suficiente para prejudicar o desempenho da agremiação nas eleições deste ano.






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