CNI propõe pacto contra "momento preocupante" da indústria
O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, orador oficial da cerimônia que celebrou os ideias da Inconfidência Mineira em Ouro Preto na noite de sábado (21), disse que o Brasil "vive um momento preocupante e grave" do ponto de vista da produção industrial e pediu um pacto à sociedade.
"Assim como fizeram os Inconfidentes mais de dois séculos atrás, é imperativo que a sociedade brasileira se una em um pacto a favor do país --trabalhadores, empresários, o governo e o Poder Legislativo", disse.
O pacto proposto visa a reduzir custos de produção, equilibrar o câmbio, melhorar a tecnologia, investir em pesquisa e qualificação dos trabalhadores e dar maior competitividade à indústria e aos produtos brasileiros.
No seu discurso, Andrade disse haver "demonstração positiva" do governo de melhorar o problema industrial com as recentes medidas de desoneração anunciadas pela gestão da presidente Dilma Rousseff.
Mas ele listou uma quantidade grande de problemas. Começou dizendo que Tiradentes se insurgiu contra a cobrança pela Corte portuguesa de 20% do ouro minerado no século 18 e que "a indústria da transformação é sufocada por 33,9% de carga tributária brasileira".
Incluiu na sua reclamação o custo administrativo, financeiro, de energia e também preço do gás que é cobrado das empresas. O presidente da CNI disse que as empresas no Brasil pagam quatro vezes mais dos que as empresas americanas.
Entre os agraciados com a medalha da Inconfidência estava a presidente da Petrobras, Graça Fostes, que deixou Ouro Preto sem dar nenhuma declaração. A Petrobras é quem controla o gás no país.
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