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Sábado - 21 de Abril de 2012 às 15:16
Por: BERNARDO MELLO FRANCO

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O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, acusou o PSDB na sexta-feira (20) de tentar privatizar e "desmontar" o sistema de saúde pública na capital paulista.

Ele criticou a proposta do governador Geraldo Alckmin de reservar 25% dos leitos dos hospitais estaduais a usuários de planos de saúde e indicou que usará o tema em nova ofensiva contra o rival José Serra (PSDB).

Neste sábado, o petista participará de um debate público com Alexandre Padilha (Saúde), no primeiro ato de sua campanha com um ministro do governo Dilma Rousseff.

"A ameaça do governo do Estado de privatizar 25% dos leitos ainda paira sobre nós. Se isso acontecer, vai ser um desastre. A saúde na capital vai viver momentos dramáticos", disse Haddad, em visita a Pirituba (zona norte).

Alckmin assinou decreto para reservar as vagas em julho de 2011, mas a medida está suspensa por decisão judicial. A intenção do tucano é cobrar os convênios pelo uso dos hospitais públicos.

Nesta sexta-feira, Haddad acusou o prefeito Gilberto Kassab (PSD), também aliado de Serra, de descumprir a promessa de construir três hospitais em áreas mais pobres da cidade. "A gestão atual prometeu os hospitais e sequer os licitou", disse.

Ele ainda prometeu, se eleito, erguer três unidades anunciadas por Marta Suplicy (PT) na campanha de 2008, em Brasilândia (zona norte), Jaçanã (zona norte) e Parelheiros (zona sul).

A campanha petista deve investir na comparação da gestão atual do setor com os governos de Paulo Maluf (1993-1996) e Celso Pitta (1997-2000). Um dos alvos serão as UBS (unidades básicas de saúde), vitrines eleitorais de Serra e Kassab.

"A opção pelo pronto-atendimento voltou a ser prioridade nessas gestões, a exemplo da época do Maluf e do Pitta", criticou nesta semana o vereador Carlos Neder (PT), que coordena o programa de Haddad para a área.

Os petistas também apostam no apoio de profissionais do setor filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores). O SindSaúde, de servidores do Estado, está em greve e fez passeata contra Alckmin nesta sexta na avenida Paulista.






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