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Sábado - 21 de Abril de 2012 às 07:08
Por: RENATA NEVES

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Declarações de Pagot ganharam repercussão nacional
Declarações de Pagot ganharam repercussão nacional
O republicano e ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot acusa o presidente estadual do partido de Mato Grosso, deputado federal Wellington Fagundes, de ter “pedido sua cabeça” ao então ministro dos Transportes, senador Alfredo Nascimento (PR/AM), por não ter atendido a interesses da empreiteira Delta Construções.

“Em fevereiro do ano passado, o Wellington Fagundes e o [deputado federal] Valdemar Costa Neto (PR/SP) pediram a minha cabeça ao ministro Alfredo Nascimento pelo fato de estar contrariando interesses da Delta. Os deputados voltaram a carga contra mim em abril. No mês de julho saiu a reportagem da Veja que culminou com a minha saída”, declarou Pagot, em entrevista ao Diário.

O republicano faz referência às escutas da Polícia Federal que mostram que o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira ‘plantou’ informações na imprensa contra ele.

O suposto envolvimento de Fagundes com a Delta foi citado por Pagot em entrevista à revista Época, que circulou ontem. A empreiteira está no centro do escândalo deflagrado pela operação ‘Monte Carlo’, da Polícia Federal, e é um dos principais alvos na ‘CPMI do Cachoeira’. Entre 2009 e 2011, a Delta foi a empresa que mais embolsou dinheiro do governo federal, tendo como principal cliente o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte. Nesse período, seu faturamento com os cofres públicos superou não apenas o resultado de gigantes da construção, como Camargo Corrêa e Odebrecht, mas deixou para trás companhias como Petrobras e Embraer.

Quando questionado sobre quem mais defendia a Delta, Pagot apontou o companheiro de partido. “O deputado federal Wellington Fagundes fez pressão para que o Dnit diminuísse o rigor no episódio em que se decidiu pelo desmanche dos trechos da BR-163 [Serra de São Vicente], que estavam com a camada de concreto fora das especificações. Wellington cobrava celeridade na obra. Não disse, mas obviamente estava lá por interesse da Delta”, afirmou à revista.

Secopa - A denúncia contra Fagundes veio à tona um dia após ele ter sido indicado pelo PR para assumir o comando da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo de 2014 (Secopa) no lugar do ex-secretário Eder Moraes (PR), mas isso não deve influenciar na decisão do governador Silval Barbosa (PMDB), segundo o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Júnior (PMDB). “Não acredito que essa denúncia vá influenciar a nomeação, afinal, denúncia é uma coisa que precisa ser comprovada. O governador adiou o anúncio do novo secretário porque está tentando encontrar uma maneira de atender todos os partidos”, disse o peemedebista.

Segundo Romoaldo, a preocupação maior do governador é conseguir resolver o “quebra-cabeça” que se formou após a saída de Eder da Secopa. Seu principal desafio é resolver o impasse entre PR e PSD causado pela indicação de Eder Moraes à Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado (Ager). O vice-governador, Chico Daltro (PSD), tem se posicionado contrário à indicação, principalmente por conta da ‘guerra’ armada pelo deputado Emanuel Pinheiro (PR) – ligado a Eder -, contra o edital de licitação das linhas intermunicipais, cuja elaboração foi coordenada pela Vice-governadoria.




Fonte: DO DC

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