Presidente da Previ será investigado por conselho
O Conselho Deliberativo da Previ decidiu abrir processo disciplinar para investigar a origem de R$ 190 mil em dinheiro vivo usado pelo presidente do fundo de pensão do Banco do Brasil, Ricardo Flores, para comprar uma casa em Brasília. Procurado, Flores não ligou de volta.
O conselho, que tem poder para pedir a demissão de Flores, havia cobrado explicação mês passado, após a Folha revelar o caso. A decisão de abrir processo tem como base a resposta dada por ele.
Ao conselho, Flores admitiu, pela primeira vez, que retificou seu Imposto de Renda neste ano para incluir um empréstimo que diz ter feito em 2010 para pagar os R$ 190 mil de prestação da casa.
A declaração retificadora só foi feita após ele ter sido procurado pela Folha.
Em três entrevistas ao jornal, negou que tivesse retificado o IR. "O empréstimo está no meu imposto original."
O BB procurou ontem a Comissão de Ética da Presidência e pediu reabertura do processo contra o ex-vice-presidente do banco Allan Toledo. O banco alega que não foi ouvido no processo, que foi encerrado inocentando Toledo.
A comissão decidiu investigar a conduta de Toledo após a Folha revelar que o BB e um órgão contra a lavagem de dinheiro investigam a origem de quase R$ 1 milhão depositado na conta dele.
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