O médico Rajendra Kokkarne, de 37 anos, está sendo julgado neste mês pela corte de Leeds, na Inglaterra, pelo assassinato de seus pacientes Beryl Barber e Eric Watson, de 78 e 86 anos, respectivamente. Kokkarne teria dado doses de morfina dez vezes maiores do que o normal para os pacientes porque estava distraído checando resultados de jogos de cricket na Internet, acessando o e-mail e fazendo uma ou outra transação bancária pela rede.
Kokkarne deu dose dez vezes maior de morfina
para pacientes (Foto: Reprodução)
O médico admitiu ter acessado estes sites, mas alegou que também estava verificando os casos dos pacientes e procurava especialistas que pudessem ajudá-lo no tratamento de ambos. No entanto, um rastreamento das informações dos computadores do Victoria Medical Centre, onde Rajendra trabalhava, mostra que ele sequer olhou o histórico dos pacientes no dia da tragédia. As evidências indicam que, de fato, ele estava apenas se divertindo no computador.
Beryl Barber estava com úlceras no corpo e Eric Watson tinha uma infecção urinária. Os dois viviam em uma espécie de asilo e acionaram o médico por meio de uma das enfermeiras responsáveis. Segundo o promotor do caso, Robert Smith, Kokkarne receitou a morfina em doses além do necessário.
Smith acusou ainda as enfermeiras que aplicaram o medicamento de terem sido negligentes ao sequer verificar se as doses estavam corretas. O caso aconteceu em fevereiro de 2008, e o julgamento continua.
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