Prefeito cobra ações de governador e o classifica como "incompetente"

     O prefeito de Nossa Senhora do Livramento Zenildo Sampaio (DEM), em entrevista ao RDTV, teceu duras críticas ao governador Silval Barbosa (PMDB). Segundo ele, o peemedebista não cumpre compromissos firmados com os municípios e tenta rechaçar as quatro cidades que compõem a região Metropolitana. Os prefeitos não querem assinar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo governador e o Ministério Público para dar aval a ações do Palácio Paiaguás, entre elas a licitação do VLT.

         O democrata se mostra revoltado e pediu a Silval que não apareça no município para pedir votos ao candidato do grupo nas eleições deste ano. Entre os cotados estão o peemedebista e pecuarista Silmar Souza e o vereador Volneli Oliveira de Queluz (PSDB).

         Os prefeitos de Cuiabá Chico Galindo (PTB); de Várzea Grande Tião da Zaeli (PSD); de Santo Antônio do Leverger, Harrison Benedito Ribeiro; e Zenildo se reuniram na última quarta (11) para discutir sobre o descaso do governador para criar a Agência Metropolitana, o Conselho e o Fundo de Desenvolvimento Metropolitano. Segundo ele, agora Silval quer fazer do TAC um “remédio jurídico” para conseguir realizar suas ações sem ser incomodado pelos prefeitos. “Ninguém assinou o termo e o governador não tem base legal para fazer nada. O VLT parece que é a única preocupação do Governo”, dispara. A última reunião para debater a criação da agência foi realizada em dezembro de 2011. Eles fizeram inúmeras exigências, entre elas a de escolher o presidente da agência, mas Silval não aceitou e cessou as discussões.

       Outra insatisfação se refere ao não cumprimento de compromissos firmados por Silval. O peemedebista teria garantido orçamento no valor de R$ 80 mil para colaborar na realização do carnaval de Livramento, considerado um dos maiores da região, com a participação de mais de 100 mil pessoas nos dias de folia. O prefeito conta que nunca foi pedir a verba para Silval, que ofereceu e, poucos dias antes da realização do evento, mandou dizer que não ajudaria mais.

     O peemedebista também teria prometido ajudá-lo com 15 mil litros de combustível para realização de recapeamento das MTs e nunca enviou um litro. “Tudo teve que ser custeado com o dinheiro próprio. Gastei R$ 25 mil para tampar os buracos”. O prefeito disse que o governador não vai ter problemas só com Eder Moraes, mas também com os prefeitos da região metropolitana, que estão insatisfeitos com o descaso de Silval. O gestor avaliou que viu no escândalo envolvendo a demissão de Eder um secretário prepotente e um governador incompetente.