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Sexta - 20 de Abril de 2012 às 07:05
Por: KAMILA ARRUDA

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Deucimar quer o cancelamento dos trabalhos por acreditar que o prazo de investigação foi extrapolado
Deucimar quer o cancelamento dos trabalhos por acreditar que o prazo de investigação foi extrapolado
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o superfaturamento de R$ 1,1 milhão na ‘reforma’ do prédio da Câmara de Cuiabá mais uma vez solicitou prorrogação dos trabalhos.

Segundo o relator da CPI, vereador Misael Galvão (PR), estão faltando orientações jurídica e técnica para a finalização do relatório. No entanto, ele garante que o documento deve ser concluído e protocolado na manhã de hoje (20).

A priori, a apresentação do relatório estava prevista para a última terça-feira (17), mas foi adiada para esta quinta-feira (19). Por conta disso, o vereador Deucimar Silva (PP), principal ‘alvo’ da CPI, não aceitou o argumento do relator e protocolou um documento solicitando o cancelamento dos trabalhos da comissão por extrapolar o prazo.

De acordo com o progressista, a CPI não possui prazo definido e, por isso, a desordem. “Eu já assinei a CPI, já assinei a prorrogação, já se passaram 140 dias e o cara não entrega esse documento”.

Após a entrega do relatório, a mesa diretora fica encarregada da leitura e votação. Desta forma, o desdobramento do episódio deve ocorrer na sessão da próxima terça-feira (24), que é quando o presidente da Casa, vereador Júlio Pinheiro (PTB), terá em mãos tanto o relatório quando o pedido de cancelamento de autoria de Deucimar.

Nos bastidores, os próprios parlamentares estão certos de que será instaurada uma Comissão Processante a qual irá julgar se cassa ou não o mandado do progressista.

Contando com Deucimar, nove pessoas são acusadas de estar envolvidas no esquema. São eles: Mauro Uemura e Alfredo Alves de Moura Filho, membros da Comissão de Licitação da Câmara; o presidente da Comissão de Licitação da Secretaria Municipal de Fazenda, Válidos Augusto Miranda; a presidente da Comissão de Licitação da Casa, Izanete Gomes da Silva; o engenheiro Carlos Anselmo; o empresário Alexandre Lopes Simplício; a secretária financeira do Legislativo, Circe da Guia Medeiros Couto; e Sinara Marcondes Moura, que é ex-coordenadora de Licitação, Contratos e Compras.

Todos os acusados entregaram defesa a CPI, que também realizou oitivas com os mesmos. Além disso, engenheiros do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias (Ibape) e Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc), seção Mato Grosso, realizaram uma perícia técnica na Casa, onde foi constatado que as principiais inconformidades estavam no telhado, cobertura, banheiros, almoxarifado e sala de imprensa.




Fonte: DO GD

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