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Cidades/Geral
Quinta - 19 de Abril de 2012 às 17:17
Por: Lucas Bólico

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Nenhum curso de Direito de Mato Grosso recebeu o ‘selo de qualidade da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB’ referente ao ano de 2011. Além de Mato Grosso, apenas o estado do Acre não teve nenhum curso apontado com o padrão de excelência exigido pela Ordem.

Para o presidente da seccional de Mato Grosso da OAB, Cláudio Stábile, o fato é um reflexo do excesso de cursos de Direito. “O MEC teve uma política equivocada de aprovar os cursos sem muitos critérios”, afirma. “Isso está sendo melhorado, mas é algo que leva tempo”, opina.

Stábile lembra que a OAB não tem competência para fechar cursos de Direto, mas alega que a Ordem tem fiscalizado as faculdades e repassado as irregularidades ao Ministério da Educação. O que chama a atenção é o fato de nem a Universidade Federal de Mato Grosso, referência de ensino no Estado ter seu curso recomendado pela Ordem.

De acordo com Stábile, a metodologia utilizada pela OAB inclui o número de aprovação no exame da Ordem e os dados obtidos no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), o que pode ter influenciado na exclusão da UFMT da lista, uma vez grande parte dos estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso ‘boicotaram’ a prova do governo federal.

O advogado João Celestino, pré-candidato à Presidência da OAB disse ter ficado perplexo com os resultados apontados pela Ordem. “O jurídico está passando por um processo de proletarização”, criticou.

Para o advogado, o grande número de cursos classificados por ele como caça níqueis está reduzindo a qualidade do ensino no país. “se continuarmos nesse ritmo, nos tornaremos um país de bacharéis analfabetos”, opina.






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