Programada para acontecer no dia 20 de maio, a 1ª Parada GLBT de Maringá, no Paraná, tem causado polêmica entre os moradores da cidade. Após a divulgação de um cartaz do evento com uma foto da Basílica Nossa Senhora da Glória, um dos pontos turísticos da cidade, um funcionário da rádio Jovem Pan da cidade está sendo acusado de incitar violência contra gays.
O consultor de vendas Douglas Alan teria comentado um post sobre a parada LGBT na quarta-feira (18) e, no meio de alguns comentários contrários ao evento, propôs um arrastão com skinheads. "Onde andam os skinheads dessa cidade, os skatistas, rockeiros e motoclubes? Afff, dá vontade de juntar todos e fazermos um arrastão nesse dia", escreveu. Um internauta comenta que "isso será se colocar ao mesmo nível deles". Douglas responde: "mas que dá vontade de meter a porrada dá!".
A polêmica foi tão ruidosa que a rede de rádio publicou uma mensagem em seu site regional: "O infeliz comentário feito por um de nossos colaboradores em sua "PÁGINA PESSOAL" do Facebook não expressa a opinião da empresa". Em relação ao vínculo da empresa com Douglas, a nota afirma que "devidas providências previstas na CLT e Regimento interno da empresa foram tomadas".
Após o incidente, Douglas retirou o nome da Joven Pan de sua conta no Facebook e sua foto do perfil. Em mensagens recentes, pede desculpas: "Peço minhas sinceras desculpas pelo infeliz comentário na rede social sobre o cartaz da parada LGBT de Maringá. Errei!", escreveu nesta quarta-feira (19).
Cartaz polêmico
O cartaz da Parada já tinha causado polêmica e revolta entre os católicos nas redes sociais. No pôster, a imagem da Basílica Nossa Senhora da Glória serve como prisma para um feixe de luz se transformar nas cores do arco-íris.
Na segunda-feira (16), a Arquidiocese de Maringá "respeitosamente" solicitou a retirada do referido cartaz de todos os meios de comunicação. Em nota assinada pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Anuar Battisti, a arquidiocese diz: "A Igreja afirma que a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória, antes de símbolo de Maringá, é um símbolo religioso da fé da maioria dos maringaenses".
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