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Quarta - 18 de Abril de 2012 às 02:08
Por: JOANICE DE DEUS

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Os operários da Arena Pantanal, estádio que irá sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, podem em entrar em greve geral nesta quinta-feira (19). Porém, a insatisfação salarial e com as condições de trabalho tem feito trabalhadores pedirem para ser demitidos, o que pode estar comprometendo o andamento das obras.

“Assim como a gente têm vários outros que não querem mais trabalhar, não querem mais nem aumento. Querem ir embora”, afirmou o pedreiro Adilson Gonçalves de Araújo, 33 anos, que ontem pela manhã, acompanhado do colega José Adilson Evangelista dos Santos, 45, descansavam ao lado de uma das instalações da arena.

Anteontem, os trabalhadores pararam as atividades em reivindicação de reajuste salarial de 40% sobre os salários, cesta básica de R$ 300,00 e plano de saúde.

No fim da tarde, após reunião com representantes do Consórcio Santa Bárbara-Mendes Jr, responsável pela obra, eles retornaram ao trabalho.

Porém, caso não tenham a pauta de reivindicação atendida, eles prometem entrar em greve geral por tempo indeterminado. “Estamos oficializando a decisão no Diário Oficial e, se não tiver acordo, a paralisação é certa”, reforçou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios, Joaquim Santana.

Hoje, conforme ele, o salário do servente é de R$ 737,0, do meio-oficial R$ 816,00 e operadores R$ 1.000,40, além da cesta de R$ 135,00 e folga familiar de cinco dias úteis a cada 60 dias trabalhados.

“A folga foi definida como regra em acordo nacional com a presidência da República. Vamos fazer cumprir”, disse Santana, afirmando que tem enfrentando dificuldades para adentrar no canteiro de obras e conversar com os trabalhadores. No local há cerca de 600 operários.

Adilson Araújo afirma que em qualquer outra obra realizada na capital se paga melhor. Além disso, ele afirma que operários não podem ficar doentes. “Eles falam que tem médico aqui, que só dá um comprimido e manda voltar ao trabalho”, conta. “A gente não pode tirar um dia para tratar da saúde”, acrescentou.

Ele também garante que muitos operários insatisfeitos com o valor do salário têm ficado mais tempo parados do que trabalhando. “A obra está devagar, quase parando. Pelo menos 40% estão comprometidos, atrasados”, afiançou. “O bruto é mais fácil de mostrar o resultado, agora o acabamento é mais demorado”, acrescentou, referindo-se ao cronograma de entrega da arena.

O Consórcio Santa Bárbara Mendes Junior ainda não se pronunciou de forma oficial sobre o assunto.

Contudo, informações dão conta de que a empreiteira analisa juridicamente se entrará em negociação com os operários ou se espera até o mês de maio, no qual já está marcada uma reunião geral entre construtora e funcionários.




Fonte: DO DC

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