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Internacional
Sábado - 14 de Abril de 2012 às 23:28

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Os 15 países membros do Conselho de Segurança da ONU aprovaram por unanimidade neste sábado em Nova York um projeto de resolução para autorizar o envio de observadores responsáveis por supervisionar o cessar-fogo na Síria.

A resolução 2042 aprova o envio de 30 primeiros observadores militares desarmados, que viajarão em alguns dias. Uma nova resolução será necessária para autorizar uma missão completa de mais de 200 observadores.

A Rússia, antes refratária, também votou a favor da medida, informou o embaixador russo nas Nações Unidas.

"Estamos satisfeitos com o último projeto de resolução", disse o embaixador Vitaly Churkin aos jornalistas, antes da votação na sede da ONU.

O plano do emissário internacional Kofi Annan para a Síria prevê, além do fim da violência, o direito de manifestação pacífica e um diálogo entre a oposição e o governo.

As negociações no Conselho examinaram "uma versão revisada" do projeto de resolução apresentado pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha, que competia com outro apresentado pela Rússia, um aliado de Damasco.

VIOLÊNCIA

As forças sírias mataram seis civis no país e bombardearam durante uma hora neste sábado dois bairros da cidade de Homs (centro), no terceiro dia do cessar-fogo, informou a ONG OSDH, no mesmo dia em que o Conselho de Segurança da ONU pretende votar um projeto para o envio de observadores a Damasco.

De acordo com o OSDH, os bombardeios nos bairros de Jurat al-Shaya e Al-Qarabis não provocaram vítimas.

Durante os meses anteriores à trégua, Homs, a terceira maior cidade do país, foi violentamente bombardeada, principalmente o bairro de Baba Amr, um reduto dos insurgentes que foi recuperado pelo Exército em 1º março, após um mês de ataques incessantes.

Apesar do cessar-fogo, nos últimos dois dias morreram 18 pessoas, em sua maioria civis, mas o número é inferior à média diária dos últimos meses, que era de dezenas de mortos a cada dia.

O incidente mais grave desde a trégua aconteceu quando as forças de segurança mataram neste sábado quatro civis que acompanhavam um funeral em Aleppo (norte), segunda ciudad del país.

Dezenas de milhares de sírios protestaram na sexta-feira em todo o país para testar o compromisso do regime de Bashar al-Assad de respeitar o plano de paz do emissário internacional Kofi Annan.

O Exército abriu fogo contra os manifestantes e matou quatro pessoas no país.






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