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Internacional
Sábado - 14 de Abril de 2012 às 11:13

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O ex- ditador cubano Fidel Castro, cujo país está excluído da Cúpula das Américas, afirmou que esta reunião entrará para a história, pois a julgar pelos "corajosos" discursos dos chanceleres conseguirá um consenso contra Washington.

"Escutei palavras corajosas pronunciadas por vários oradores na reunião de chanceleres da chamada Cúpula de Cartagena", afirma Castro em um artigo publicado neste sábado, no qual ressalta as palavras do chanceler venezuelano Nicolás Maduro: "do Consenso de Washington se passou ao Consenso sem Washington".

"O tema dos direitos soberanos da Argentina sobre as Malvinas - cuja economia é brutalmente afetada ao privá-la dos valiosos recursos energéticos e marítimos destas ilhas - foi abordado com firmeza", destaca Fidel Castro no artigo "A Cúpula das Guayaberas" (menção a um tipo de camisa originária de Cuba).

Castro, que permaneceu 48 anos no poder até que se afastou em 2006 por uma grave crise de saúde, opina que "não é possível deixar passar despercebido o papel grotesco" da OEA (Organização dos Estados Americanos), instituição da qual Cuba foi expulsa em 1962.

Ele afirma no artigo que "talvez centenas de milhares de pessoas" tenham sido "sequestradas, torturadas e desaparecidas" na Guatemala durante o golpe de Estado contra Jacobo Arbenz em 1954 e que países da América Central e do Caribe "foram vítimas da fúria intervencionista dos Estados Unidos através da OEA".

Também menciona os governos militares na América do Sul na década de 70 e o golpe organizado contra Hugo Chávez na Venezuela, há 10 anos.






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