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Cidades/Geral
Sexta - 13 de Abril de 2012 às 09:04
Por: CRISTIANE OLIVEIRA

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Falta de estrutura física em equipamentos, carência de funcionários e acúmulo de processos. São estas as causas de um possível colapso econômico envolvendo o setor de base florestal de Mato Grosso, caso a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) não se adéque para atender o segmento na liberação de processos burocráticos.

Para debater esse assunto, presidentes de sindicatos patronais madeireiros se reúnem hoje à tarde com o governador Silval Barbosa e o prefeito de Sinop, Juarez Costa, no intuito de mostrar as consequências negativas que o engessamento da Sema tem causado.

“Nossa sugestão é a reposição de funcionários da Sema que foram desligados nos últimos meses, o que gerou grande atraso nas liberações. Outro fator que agravou ainda mais a situação foi a greve da Sema no ano passado”, explicou o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), José Eduardo Pinto, lembrando que os empresários da área também vão sugerir ao governador a criação de uma secretaria específica.

“A criação de uma secretaria, ou outra autarquia que deixe mais célere os procedimentos, para gerir somente questões florestais, é a sugestão do setor. Desta forma, os negócios da atividade seriam tratados de forma separada e tecnicamente”, explica o representante do setor.

A preocupação se arrasta desde 2011, período em que as liberações de processos para a colheita da madeira tiveram redução e encerrou com números aquém do necessário, seguindo tendência que se arrasta desde 2006, com média anual de menos de 180 projetos liberados, exceto em 2008, quando o Estado alcançou 331 autorizações. O número atingido naquele ano é considerado o ideal para atender à demanda florestal.

“Precisamos de 300 manejos/ano para atender a demanda. Precisávamos que estes projetos estivessem aprovados até o final do período proibitivo [1º de abril] para serem explorados na seca. Isso não ocorreu, ocasionando caos no setor por dois anos seguidos”, esclarece o presidente.

Conforme o engenheiro Marco Antônio França de Paula, além da base florestal, outros segmentos também dependem da Sema, como todas as indústrias relacionadas à matéria prima de origem natural, atividades industriais altamente poluidoras, frigoríficos, metalúrgicas, mineradoras, agricultura e pecuária.




Fonte: DO DC

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