Depois de quase 24 horas de negociação, os reeducandos do presídio Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecido como Ferrugem, em Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, terminaram um motim na manhã desta terça-feira (10). Eles encerraram o movimento após a garantia de que terão as reivindicações analisadas e, se possível, atendidas pela Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Participaram do motim 126 detentos.
O superintendente de Gestão Penitenciária da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), José Carlos de Freitas, explicou que a transferência de 10 presos, conforme exigiram os reeducandos, para uma unidade prisional de Cuiabá depende dos presos da capital e, por isso, ainda não tinha sido feita. Segundo ele, os detentos deverão ser transferidos por meio de um sistema de trocas entre presos de Cuiabá que queiram ir para Sinop. Para isso, será feito um levantamento.
De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Denovam Isidoro de Lima, que participou da negociação, faz bastante tempo que os reeducandos vêm reclamando da qualidade da alimentação servida e a transferência desses 10 detentos. "Essa é uma situação que vem de longa data", disse ele.
Os presos quebraram as paredes das celas e se amotinaram dentro do presídio no início desta segunda-feira (9). Porém, segundo o coronel Adriano Denardi, comandante regional da Polícia Militar de Sinop, ainda não se sabe os estragos causados pelos presos, que serão transferidos para outra área até que a situação se restabeleça. Ele afirmou ainda que a segurança interna e externa da unidade prisional foi reforçada durante o motim para que não houvesse fuga e ninguém ficasse ferido.
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