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Terça - 10 de Abril de 2012 às 12:06
Por: JARDEL PATRÍCIO ARRUDA

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Promete ser longa a investigação que corre dentro da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para apurar a suposta fraude em matrículas na escola estadual CEJA Antonio Cesário de Figueiredo Neto a fim de desviar verbas federais destinadas à educação, por parte da servidora Wilma Regina de Amorim.

O presidente da Comissão de Processo Administrativo e Disciplinar, Marco Antonio Rocha Lima, afirmou que já houve várias audiências, mas novos fatos sempre aparecem e é preciso ouvir ainda mais pessoas. Assim ele pretende garantir a lisura da apuração.

“Precisamos primeiro descobrir se essas acusações são fundamentadas. Em caso positivo, descobrir se há mais alguém envolvido. Temos 30 dias para averiguar as acusações, prorrogados por mais 60 se assim o Estado precisar, para garantir a elucidação”, afirmou.

A fraude nas matrículas, se comprovada, consistia na criação de “alunos fantasmas”. Com um número maior de alunos, a escola receberia mais verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), ou outra fonte. Além dessa acusação, Wilma Regina também será investigada por abuso de poder, atos de coação e assédio moral.

O esquema teria sido posto em prática desde 2010, época na qual Wilma era diretora do Ceja Cesário Neto. Ela também é suspeita de ter abusado da autoridade e humilhado publicamente professores e alunos da escola nesta mesma época.

De acordo com o Diário Oficial, outra acusação que pesa contra a servidora afastada é que ela teria falhado em atualizar as informações dos alunos no Sigeduca, fato que estaria privando alguns alunos da Escola Cesário Neto do uso do passe livre e de qualquer outro beneficio

Wilma Regina também é investigada pelo Ministério Público pela denúncia de nepotismo. Já é confirmado por relatórios da Seduc que ela contratou a filha, um irmão e um cunhado. Para justificar tais contratações, Wilma alega, em documentos, ter realizado o processo padrão de seleção por pontos (que avalia a qualificação dos candidatos). Procurada pela anteriormente pela reportagem, Wilma se recusou a falar sem a presença do advogado e também se negou a marcar uma entrevista com a presença do defensor. Ligações feitas ontem para os números de telefone fornecidos por ela não foram atendidas.




Fonte: Do DC

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