Não tenho mais o que conversar com os grevistas, reage prefeito

      O prefeito de Sapezal, Jean Carlo Galli (PMDB), garante não ter mais nada o que conversar com os 50 servidores que iniciaram greve nesta segunda (9). O peemedebista pondera que, desde que assumiu a prefeitura em dezembro do ano passado, abriu as portas para dialogar com os funcionários, mas mesmo mostrando boa vontade, tentando negociar e demonstrando incapacidade financeira do Executivo para atender 100% das reivindicações, a classe teria sido intransigente e se recusado a aceitar uma contraproposta. "Mudaram o foco da conversa ao falar com a imprensa", reclama o prefeito.

    Jean assegura que ele se comprometeu em atender a maioria dos pedidos como o pagamento de insalubridade, a periculosidade e o 13° proporcional às horas extras trabalhadas, direitos que nunca tinham sido pagos pelas gestões anteriores. Galli diz estar cumprindo o que prometeu e afirma que os servidores reclamam de problemas que se referem à administração anterior de César Maggi (PR), primo do senador Blairo Maggi (PR). Jean administra a cidade desde dezembro do ano passado, quando César renunciou.

    De acordo com o prefeito e a sua equipe técnica, o que gerou a paralisação foi o fato da prefeitura de opor a atender de imediato apenas dois pleitos, sendo eles à ampliação da licença maternidade de quatro para seis meses e o pagamento de licença prêmio, que prevê “folga” de três meses para os servidores a cada cinco anos de serviços prestados.

     A gestão alega não ter sido possível garantir os benefícios antes de um levantamento aprofundado do impacto financeiro que esses novos gastos iriam causar no orçamento do município. Diante do impasse, não houve tempo hábil para aprovar o Plano de Cargos e Carreira. Devido ao calendário, o prazo terminou no último sábado, 7 de abril. "Se eu liberar, sem fazer um estudo, estarei deixando de atender hospitais e creches", argumenta o prefeito. A Prefeitura de Sapezal tem quase 800 servidores, destes 685 são efetivos e o restante são contratados. A folha de pagamento chega R$ 1,5 milhão mês.