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Internacional
Segunda - 09 de Abril de 2012 às 07:24

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Os Estados Unidos e seus aliados vão exigir que o Irã pare de enriquecer urânio e feche imediatamente uma instalação nuclear subterrânea em uma nova rodada de negociações nesta semana sobre o programa nuclear iraniano, informou uma autoridade norte-americana neste domingo à agência de notícias Reuters.

Uma autoridade dos EUA disse no domingo que uma das "prioridades a curto prazo" seria conseguir que o Irã concorde em fechar imediatamente sua instalação recentemente concluída de Fordo, construída sob uma montanha próxima à cidade de Qom.

O jornal "The New York Times" relatou que negociadores para o Ocidente iriam pressionar o Irã para desmontar a usina, que teria sido usada para expandir o enriquecimento de urânio.

  France Presse  
Ahmadinejad diz que programa nuclear do Irã continuará, mesmo com pressão estrangeira
Ahmadinejad diz que programa nuclear do Irã continuará, mesmo com pressão estrangeira

Outra exigência-chave de Washington e seus aliados será que o Irã pare completamente a produção de urânio enriquecido a 20%, disse o funcionário do governo.

As bombas nucleares exigem urânio enriquecido a 90 por cento, mas muitas das etapas necessárias para esse objetivo são atingidas a 20 por cento de pureza, encurtando o tempo necessário para a produção de uma bomba.

AHMADINEJAD

O Irã vai dar continuidade ao seu programa nuclear "inclusive se o mundo inteiro se opor à República Islâmica", declarou neste domingo o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad no Dia Nacional da Tecnologia Nuclear, informou a agência oficial Irna.

Como disse neste domingo a pessoas envolvidas na indústria atômica iraniana, o Irã "resistiu às pressões inimigas sobre seu programa nuclear para defender sua dignidade" e ressaltou que a resistência "é mais valiosa do que o acesso à tecnologia nuclear".

Ele fez alusão aos cientistas nucleares iranianos assassinados. Teerã acusa pelas mortes Israel e os Estados Unidos, e advertiu que com esses crimes "eles não poderão bloquear o progresso tecnológico e científico do Irã".

Ahmadinejad garantiu que "o progresso na tecnologia nuclear pacífica representará avanços em outros campos". Para ele, essa conquista é a "locomotiva" que impulsionará dezenas de indústrias subsidiárias.

REUNIÃO

As declarações de Ahmadinejad ocorrem às vésperas da reunião prevista para a próxima semana entre representantes do Irã e do Grupo 5+1, composto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais Alemanha, para tratar a questão nuclear iraniana, que deve ocorrer em Istambul.

As duas anteriores reuniões do Irã com o 5+1, em dezembro de 2010 em Genebra e em janeiro de 2011 em Istambul, fracassaram.

Tanto as Nações Unidas quanto os EUA e a UE mantêm sanções ao Irã devido ao seu programa nuclear, que alguns Governos, com o de Washington à frente, acham que pode ter uma vertente militar destinada a fabricar bombas atômicas, o que Teerã nega e garante que é exclusivamente civil e pacífico.

Israel, Estados Unidos e em certa medida o Reino Unido ameaçaram atacar o Irã para frear o desenvolvimento nuclear, ao que Teerã respondeu que dará uma resposta "arrasadora" em caso de agressão.

Rússia e China, entre outros, se opõem as novas sanções ao Irã e advertiram que um eventual ataque militar ao território iraniano poderia ter consequências imprevisíveis e catastróficas para o mundo, opinião compartilhada por inúmeros governantes e analistas, inclusive em Israel e os EUA.






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