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Sexta - 06 de Abril de 2012 às 15:49
Por: ALLINE MARQUES

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Após um ano de discussão e quase quatro horas de espera nas galerias da Câmara de Cuiabá, os servidores municipais de nível superior não tiveram o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) aprovado. Eles conseguiram apenas o reajuste de 10% no salário. Os valores estão embasados na tabela antiga, com defasagem de 18 anos. A mensagem beneficiou 264 servidores das áreas finalística, instrumental e estratégica do Poder Executivo.

A sessão extraordinária, marcada para iniciar às 10h, começou por volta das 14h. O atraso ocorreu devido à demora do Poder Executivo para enviar a mensagem à Câmara de Vereadores.

Servidores, vereadores e o secretário de Governo, Silvio Fidelis, passaram a noite reunidos, discutindo o PCCS. Sem acordo, o plano da categoria não foi enviado e o assunto deve voltar a ser discutido somente após a eleição.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cuiabá (Sispumc), Jaime Metelo, informou que a categoria assinou um documento, juntamente com os vereadores, o qual marca para novembro as novas negociações sobre o PCCS.

Membro do Sispumc, a servidora Maria Ângela conta que a mensagem aprovada fica longe das expectativas dos servidores e ela ainda acredita que faltou vontade política por parte da prefeitura.

O impacto do reajuste concedido na folha de pagamento da prefeitura será de cerca de R$ 1 milhão por ano. Porém, caso o PCCS fosse aprovado a administração municipal teria um gasto anual de R$ 7 milhões, prevendo as progressões de carreiras e outros benefícios reivindicados pelos funcionários públicos.

Para o petista Lúdio Cabral, pré-candidato a prefeito de Cuiabá, a proposta do Poder Executivo foi apenas uma tentativa de conter a pressão feita pelos servidores.

“A proposta é insuficiente e não contempla a estruturação e progressão de carreira”.

Já o presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB), agradeceu aos colegas pelo compromisso e empenho para votar o reajuste dos servidores, já que, senão fosse aprovado ontem ficariam sem aumento devido ao prazo dado pela Justiça Eleitoral para a elevação de salário.

Os 34 engenheiros e arquitetos da prefeitura não foram beneficiados. Eles já haviam firmado um acordo com a administração municipal em 2010 e a proposta previa o pagamento em duas parcelas, uma em 2011 e outra para este ano, porém o acerto não foi cumprido e o grupo agora terá de esperar, também, até o fim do período eleitoral para voltar a discutir a readequação da tabela salarial.

O vereador Domingos Sávio (PMDB) reclamou da situação, afirmando ser falta de compromisso do Executivo, que não cumpriu o acordo assinado com engenheiros e arquitetos há dois anos.

Segundo o peemedebista, o prefeito não aceitou “de jeito nenhum” conceder a segunda parte do acordo.




Fonte: Do DC

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