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Agronegócios
Quarta - 04 de Abril de 2012 às 15:48
Por: Leandro J. Nascimento

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milho em Sorriso (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
Verde das lavouras de milho em Sorriso
(Foto: Leandro J. Nascimento/G1)



Às margens da BR-163 em Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá, o verde das lavouras de milho mostra que o ano pode ser de bons resultados para a safrinha. Pelo menos esta é a expectativa dos produtores rurais do município que detém o título de campeão brasileiro na produção de soja. Agricultores querem também recordes com o cereal nesta temporada e estão otimistas quanto aos resultados. Mas sabem que vão precisar contar com uma força dos céus para garantir um ano de bons índices.

O fator clima deve ser fator principal para assegurar ao empresário rural bons índices de produção e produtividade. “Nunca tivemos um clima tão favorável até o momento. Aproximadamente 95% do nosso milho foram plantados na janela certa. A média de produtividade esperada é a maior dos últimos anos”, explica Nelson Piccoli, diretor-financeiro da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).

Produtor rural e ex-presidente do Sindicato Rural do município, Piccoli destaca que a meta é atingir patamar histórico em produtividade, caso o tempo contribua. “O ano em que mais se produziu chegamos a 90 sacas por hectare. Se o clima contribuir, podemos variar destes 90 até 100 sacas. Mas o que vai determinar a produtividade do milho é realmente o clima”, acentuou.

Na safra 2011/12 Sorriso destinou ao safrinha 380 mil hectares, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A semeadura encerrou até a primeira quinzena do mês de março. De acordo com Nelson Piccoli, pelo menos 40% das lavouras estão em fase de formação de espiga. Outros 60% em estágio de crescimento.

“Se tudo der certo esta tem tudo para ser a melhor safra de todas”, pontuou o diretor da Aprosoja. Analista de mercado do Imea, Cleber Noronha diz que o fator clima será essencial para o bom desenvolvimento da safrinha de milho ou mesmo para ser tratado como vilão.

“O que realmente pode impactar no milho é o clima. Já a média pode variar de produtor para produtor, pois cada um investiu de forma diferente. Há possibilidade de uma produtividade grande e superando o melhor resultado de 80 sacas por hectare”, destacou o analista.

Os números do Imea mostram a evolução do milho segunda safra no município que mais produz soja no Brasil. Nas lavouras o cereal tradicionalmente ocupava de 30% a 40% da área de soja. Este ano avançou entre 70% e 75%, conforme destaca Cleber Noronha.

“Sorriso conseguiu plantar muito cedo porque colheu a soja cedo. Agora temos que acompanhar as chuvas e como estão as doenças e pragas”, ponderou Noronha.

O município foi uma das cidades visitadas durante o Estradeiro Aprosoja, uma comitiva formada por representantes da Associação dos Produtores de Soja e Milho, Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) e sindicatos rurais, que percorre os mais de 2 mil quilômetros entre Cuiabá (MT) a Porto Velho (RO). O objetivo é avaliar o andamento das obras em rodovias como a BR-242, principal elo de ligação do município ao Araguaia Mato-grossense.

Somente na segunda-feira (2), foram cerca de 500 quilômetros entre a MT-130 e a BR-242. Na terça-feira (3), o grupo deslocou-se até Vilhena (RO) em um percurso de 650 quilômetros, pela BR-163 até Nova Mutum, MT- 235 até Sapezal e BR-364 até o destino final.

Em Vilhena, um rápido encontro entre produtores de Mato Grosso e do estado vizinho marcou a sequência dos trabalhos nesta terça-feira (3). O último dia de viagem está reservado a uma agenda na capital de Rondônia.





Fonte: Do G1 MT

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