Dois jovens alegam ter sofrido agressões dentro de uma boate em Cuiabá, localizada na Avenida Isaac Povoas, região central da cidade, na madrugada deste domingo (1º). Segundo as vítimas, os agressores seriam os seguranças da casa noturna. Porém, o diretor da empresa de segurança que presta serviço para a boate rebateu as alegações e disse que os rapazes foram agredidos por clientes na noite da briga.
As vítimas, após as agressões, procuraram a delegacia para denunciar a suposta violência sofrida. Os jovens foram encaminhados para realizar o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Segundo o vendedor Lázaro Patric Cruzeiro, alguns seguranças o seguravam enquanto outros batiam. “Eles nos agrediram. Ficaram vários hematomas na cabeça, no pescoço, na mão”, desabafou Lázaro.
Já o outro rapaz, que também alega ter sofrido agressões, contou que os seguranças os retiraram para fora do estabelecimento e começaram a agredi-los. “Todo mundo saiu lá para fora da boate e começaram a bater na gente. Ai eles se esconderam”, afirmou o vendedor Wesley Martins de Souza.
Porém, o diretor de segurança da casa noturna Wagner Herculano Rezenda rebateu as alegações do rapazes supostamente agredidos e relatou que os seguranças somente mobilizaram os garotos e, logo em seguida, teriam levados eles para fora da boate. “Não teve nenhum envolvimento de seguranças. Quando os seguranças chegaram, já tinha até acabado a briga. O segurança só mobilizou e tirou para fora da casa”, contou o diretor de segurança.
Segundo a Polícia Federal, a empresa de segurança que presta serviço para boate está com pendências no órgão. No entanto, a empresa afirma que todas as taxas requeridas foram pagas e o problema está na regularização do escritório da firma, que tem um prazo determinado para regularizá-lo.
O presidente do sindicado das Empresas de Seguranças e Vigilâncias de Mato Grosso, Ângelo Jacomini, explica que além de cadastradas junto à Polícia Federal, existem outras exigências para os funcionários. “Os seguranças também tem que estar regulamentados junto à PF. Passar pela escola de formação de vigilantes e anualmente fazer a reciclagem. Além de fazer todos os exames, o psicológico e o psicotécnico”, ressaltou o presidente do sindicado.
Segundo a assessoria da PF, a empresa que presta serviço para boate pode funcionar enquanto regulariza sua situação junto ao órgão, neste caso específico.
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