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Quinta - 29 de Março de 2012 às 20:08

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A troca de comando na CBF não aumenta a pressão sobre a seleção brasileira, disse o técnico da equipe nacional, Mano Menezes. Ele ainda afirmou considerar uma "imbecilidade" pedir mais complacência durante o trabalho para o patrão.
 

Daniel Marenco-03.fev.2012/Folhapress
O técnico Mano Menezes, no lançamento do novo uniforme da seleção
O técnico Mano Menezes, no lançamento do novo uniforme da seleção




A declaração acontece sete meses após o treinador do Corinthians (último clube de Mano antes da seleção), Tite, chamar atenção durante entrevista coletiva exatamente por ter uma opinião contrário no assunto.

Em um momento de certa conturbação na campanha do título brasileiro do ano passado, em ato incomum na categoria, Tite defendeu salários menores para técnicos de futebol. "É uma profissão valorizada demais, é irreal", disse, sem se excluir. "Ganho acima do que merecia." Tite, 50, recebia R$ 300 mil mensais do Corinthians.

"Eu trocaria toda essa valorização financeira por mais estabilidade", continuou. "Eu não estou aqui fazendo média. Já treinei time de fábrica, já passei ano em que só trabalhava seis meses, aceitei redução de 40% no salário para seguir empregado", completou.

Nesta quinta, Mano Menezes falou durante entrevista ao canal Sportv: "Não me lembro de ter ouvido dele [novo presidente da CBF, José Maria Marin] alguma declaração pública de que eu só ficaria até a Olimpíada. Mas eu nunca me dirigi a um dirigente pedindo estabilidade, porque acho isso uma imbecilidade para técnico de futebol. Nunca pensei dessa forma e acho isso muito menor".

Mano foi perguntado sobre se possuía algum receio no cargo em função da renúncia de Ricardo Teixeira, responsável por lhe contratar, da CBF.

"A Olimpíada continua com a mesma importância que tinha antes, com o Ricardo [Teixeira]. Não tem menos nem mais pressão".

Mano ainda falou sobre a convivência com Andres Sanchez, ex-presidente corintiano e hoje diretor de seleções da confederação brasileira.

"Eu sempre digo que trabalhar junto é uma arte. Eu falo para ele. Às vezes, ele fala umas frases mais fortes, você tem que ter capacidade para entender, mas é algo muito importante nesse processo, porque ele pode separar essas questões políticas que ocorrem na CBF, que hoje estão sendo faladas mais do que nunca", respondeu.

  Ricardo Nogueira-25.mar.2012/Folhapress  
 Tite antes da partida contra o Palmeiras, no último domingo
Tite antes da partida contra o Palmeiras, no último domingo
 





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