Munição na bagagem atrasa viagem de marqueteiro em Recife
O cientista político e marqueteiro Antônio Lavareda foi impedido de embarcar para São Paulo na terça-feira (27) por estar com três balas de calibre 38 na bagagem de mão. A munição foi detectada pelo aparelho de raio-X do Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife.
Lavareda -- que coordenou mais de 70 campanhas eleitorais, entre elas as do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) -- se apresentou espontaneamente às polícias Federal e Civil, no próprio aeroporto. Depois de uma hora e meia ele pôde viajar normalmente.
A Delegacia do Turista apreendeu as balas para perícia e solicitou à Infraero imagens das câmeras de segurança. O delegado Hilton Lira tem 30 dias para concluir o inquérito.
De acordo com a Polícia Civil, Lavareda não estava armado no embarque.
"Ele possui uma arma registrada em nome dele, que é um revólver calibre 38, que estava na casa dele", disse o delegado.
Lavareda contou à polícia que não sabia que a munição estava na bagagem. Disse que há 30 dias transportou na mesma pasta a arma e a munição. "Na volta tirei a arma e achei que tinha tirado toda a munição", afirmou.
O cientista político disse que no último mês viajou outras duas vezes com a mesma bagagem e os aparelhos de raio-X não acusaram nada.
Segundo o delegado, o registro permite a posse da arma e da munição. Apenas o porte --que Lavareda não tem-- dá direito a trafegar com o armamento.
Lavareda pode responder por porte ilegal de munição, pois balas e revólveres são tratados da mesma maneira pelo Estatuto do Desarmamento. A pena prevista é de dois a quatro anos de reclusão.
Raphael Falavgna - 10.abr.2002/Folhapress | ||
O marqueteiro Antônio Lavareda teve três balas de revólver calibre 38 encontradas na bagagem de mão |
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