A Dafra apresentou nesta quarta-feira (28), em Hsinchu, em Taiwan, a nova Next 250. Esta motocicleta é fruto da parceria da marca brasileira com a SYM, fabricante de motos taiwanesa, e chega ao país por R$ 10.190 para concorrer com Honda CB 300R e Yamaha Fazer 250. Presente na Ásia e Europa, a Next 250 terá o Brasil como foco para o produto, onde a Dafra pretende vender 10.000 unidades por ano, com início da comercialização em 15 de abril. A marca disponibiliza a Next em três opções de cores: vermelho, preta e pérola.
“Na Europa esperamos vender 2.000 unidades ao ano, enquanto em Taiwan, o número será de 1.000 motos. Isto torna o Brasil o principal mercado para a motocicleta”, disse ao G1 o Andy Huang, vice-diretor de marketing de vendas externas da SYM. O projeto custou US$ 10 milhões para a fabricante taiwanesa e passou por modificações importantes para se adequar ao consumidor brasileiro.
A moto chega simultaneamente a Taiwan, com o nome de T2, e a Europa, onde é chamada de Wolf 250. “As principais modificações da motocicleta são uma nova calibragem para a suspensão, ergonomia diferente, chassi reforçado e mudanças na injeção eletrônica para se adaptar ao combustível brasileiro”, explica Gustavo Poletti, gerente de desenvolvimento da Dafra. “Para adequar a moto rodamos cerca de 300 mil km com modelos da Next no Brasil e testamos 1.000 horas no dinamômetro”, acrescenta Creso Franco, presidente da Dafra
De 0 a 100 km/h em 11S92
A Next possui motor monocilíndrico de 249,4 cm³, quatro tempos, que segundo a marca, pode alcançar potência máxima de 25 cavalos a 7.500 rpm e torque de 2,75 mkgf a 6.500. Equipado com injeção eletrônica da marca japonesa Keihin, o propulsor de 1 cilindro tem como novidade a refrigeração líquida, algo inédito para a categoria de motos urbanas de 250/300 cm³ no país. De acordo com a Dafra, a motocicleta é a mais rápida do segmento obtendo marca de 0 a 100 km/h em 11S92.
Moto traz motor com refrigeração líquida (Foto: Divulgação)
Outro diferencial da Next é o câmbio de 6 marchas. Mesmo que não seja inédito neste nicho, a extinta Honda Twister 250 contava com esta configuração, está presente na CB 300R e na Fazer 250, ambas com apenas 5 marchas. “O câmbio de 6 marchas proporciona menor consumo que as concorrentes, principalmente nas rodovias”, afirma Franco. Além das concorrentes japonesas, outra possível rival, a Kasinski Comet GT 250 também possui câmbio de 5 marchas.
Seu peso em ordem de marcha é de 173 kg e o sistema de freios é a disco, tanto na dianteira como na traseira. No trem posterior ao motociclista, o dispositivo tem 260 mm e conta com duplo pistão, ao passo que no trem anterior o item tem 220 mm e pistão simples. As suspensões são convencionais, com garfo telescópico de 110 mm, na dianteira, e monoamortecedor de 125 mm, na traseira.
Design inspirado em motos maiores
Para eleger o visual da Next 250, a SYM buscou inspiração em motos maiores da categoria naked. Seu farol dianteiro é do tipo piramidal e as laterais inferiores do tanque contam com carenagens que lembram a Honda CB 1000R, por exemplo. Além disso, a pequena cúpula sobre o painel, o spoiler embaixo do chassi e a rabeta afilada lembram motocicletas de maior cilindrada.
Painel da Dafra Next 250 (Foto: Divulgação)
Já o painel é esportivo e tem iluminação azul de LED. Com um sistema misto de analógico e digital, o sistema tem hodômetro total e parcial, velocímetro, hora, voltagem da bateria, indicador de marcha, combustível, gravação da velocidade máxima atingida e mostrador de RPM.
SYM planeja mais um modelo para o Brasil
Durante a apresentação oficial da Next 250, em Taiwan, Andy Huang contou mais detalhes ao G1 sobre novidades da marca para o mercado brasilerio. "Planejamos lançar em 2013 mais um modelo da SYM no Brasil. Será um produto que já faz parte de nossa linha em outros países", revelou Huang, que não quis divulgar mais detalhes.
Next 250 é o segundo produto da SYM no Brasil (Foto: Divulgação)
Esta seria o terceiro lançamento da marca no país, que já conta com o scooter Citycom 300i e agora com a Next 250, ambos vendidos e montados no Brasil pela Dafra. Questionado sobre o assunto, o presidente da Dafra, Creso Franco, disse não poder falar sobre o possível lançamento.
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