Depois de acusações, Strauss-Kahn paga fiança de € 100 mil
O ex-secretário-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, pagou fiança de € 100 mil para responder em liberdade a um processo em que é acusado de prostituição em quadrilha, de acordo com a Justiça da França.
Strauss-Kahn foi imputado nesta segunda-feira, após ser interrogado por oito horas em um tribunal de Lille, no norte de França. Ele é acusado de organizar uma rede de prostituição com amigos empresários, que também atuaria em Bruxelas, Paris e Washington, desarticulada em uma operação em um hotel na cidade.
Os três advogados de defesa do ex-chefe do FMI afirmavam em nota que o acusado declarava não ser culpado por nenhum dos crimes. "Strauss-Kahn declara nunca ter tido a mínima consciência de que as mulheres encontradas no hotel pudessem ser prostitutas".
Apesar do comunicado, a defesa fez outra declaração à emissora de televisão RTL, dizendo que "inclusive supondo que conhecesse a situação das mulheres em questão", isso não constitui uma infração da lei francesa, mas um comportamento privado "perfeitamente lícito entre adultos".
Caso seja condenado, Strauss-Kahn pode pegar até 20 anos de prisão e pagar € 3 milhões em multas. Ele renunciou ao comando do FMI em maio de 2011, depois de ser acusado de estuprar a camareira de um hotel em Nova York.
Embora a Justiça americana tenha rejeitado a acusação, o caso acabou com os planos de Strauss-Kahn de concorrer à Presidência da França este ano --antes do escândalo, ele liderava as pesquisas de intenção de voto.
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