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Internacional
Domingo - 25 de Março de 2012 às 11:55

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A guerrilha colombiana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pôs no sábado fim à incerteza sobre a libertação de seus dez últimos militares e policiais sequestrados ao adiar para o dia 2 de abril o começo das missões humanitárias. A nova data foi notificada hoje à ex-senadora Piedad Córdoba, líder da Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP), segundo o anunciou à Agência Efe em Bogotá uma porta-voz deste grupo, aceito pelos rebeldes como facilitador da entrega de cativos.

Segundo a nova colocação dos rebeldes, no dia 2 de abril eles porão em liberdade um primeiro grupo de reféns e, após um dia envolvido, por razões de logística, entregarão os outros cativos.

A fonte do CCP antecipou que o novo calendário deverá ser formalizado no domingo à tarde na delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), durante um encontro das partes envolvidas nestas gestões, que poucas horas antes tinham confirmado o dia 30 de março como o de ativação da operação.

"Significa que (as Farc) nos dão mais espaço para coordenar a parte logística", ressaltou a ativista Córdoba em uma breve declaração por telefone ao "Canal Caracol", da televisão privada.

A data já revisada foi ratificada pelos representantes dos Governos de Colômbia e Brasil, e o CICV, sobre cujos ombros está a coordenação e a logística da operação humanitária.

As partes envolvidas chegaram nesta quinta-feira à conclusão de que não era possível iniciar as libertações no dia 26 de março, data fixada inicialmente pelas Farc, e por isso adiaram as operações por quatro dias.

O novo calendário foi anunciado pelo chefe da delegação do CICV em Bogotá, Jordi Raich, e a ex-congressista Piedad Córdoba, líder do movimento Colombianas e Colombianos pela Paz (CCP). No passado, as Farc entregaram para esse coletivo 15 reféns.

Após o encontro deste sábado, o vice-ministro colombiano de Defesa, Jorge Enrique Bedoya, porta-voz do Executivo nestas gestões, defendeu que, "certamente, o Governo da Colômbia fez todo o possível, da mesma maneira que o Governo do Brasil e o CICV para que isto se transforme em uma realidade".

Na mesma reunião, as partes continuaram "afinando assuntos de caráter logístico, de maneira que os dez militares e policiais possam retornar a seus lares o mais rápido possível", acrescentou Bedoya.

O funcionário frisou que o resgate só poderá começar em 30 de março se as Farc entregarem antes das 19h local (24h GMT) as coordenadas para que seja possível definir uma área de suspensão de ações militares, medida acertada num protocolo de segurança para a entrega dos reféns.

Os prisioneiros são os militares Luis Alfonso Beltrán Franco, Luis Arturo Arcia, Robinson Salcedo Guarín e Luis Alfredo Moreno Chagüeza, e os policiais Carlos José Duarte, César Augusto Lasso Monsalve, Jorge Trujillo Solarte, Jorge Humberto Romero, José Libardo Forero e Wilson Rojas Medina.

Para cumprir o calendário também é indispensável que os helicópteros que o Brasil fornecerá para as operações cheguem no dia 29 à cidade de Villavicencio. O aeroporto desta localidade foi escolhido como base para as aeronaves.

A participação de uma nação estrangeira (neste caso, o Brasil) é uma das exigências das Farc para a libertação dos dez reféns, que estão sob poder do grupo há 14 anos. Eles deverão ser entregues para uma delegação de mulheres ativistas da Colômbia e do exterior.

A princípio, farão parte desse grupo Piedad e a presidente da Associação Colombiana de Parentes Familiares de Membros da Polícia Retidos e Libertados por Grupos Guerrilheiros (Asfamipaz), Marleny Orjuela, que pediu que as Farc aceitem a mudança da data.

A mudança, segundo o admitido pela Asfamipaz, era necessária para que os responsáveis pela operação a possam fazer "com toda a responsabilidade e o cumprimento requerido para a segurança da mesma".

Quando ainda faltava o pronunciamento das Farc, o vice-ministro Bedoya tinha dito que o Governo estava pronto para realizá-la "antes do dia 30", com aeronaves colombianas, fora militares ou privadas.

Mas essa é uma logística que os rebeldes nunca aceitaram.





Fonte: EFE

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