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Cidades/Geral
Sexta - 23 de Março de 2012 às 14:52

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Por causa das dificuldades enfrentadas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) em ofertar o Curso Técnico de Formação para Funcionários da Educação (Profuncionário), o instituto deve adotar o modelo ofertado pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR), que trabalha com vídeo-aulas e materiais impressos.

O IFMT afirma que existe o risco de o Profuncionário não ser realizado este ano, por conta de dificuldades como a não liberação de recursos para a execução do Plano de Trabalho e a inexistência da rede E-Tec (Escola Técnica Aberta do Brasil) na instituição. A proposta de buscar o modelo do Paraná como solução de curto prazo foi feita pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), em reunião da Coordenação Estadual do Profuncionário, realizada na segunda-feira (19).

Porém, a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Jocilene Barboza, que integra a Coordenação Estadual do Profuncionário juntamente com a secretária de Funcionários do Sintep/MT, Guelda Andrade, afirma estar preocupada com o número de 35 alunos por tutor adotado pelo IFMT e que poderá vir no “mesmo pacote” dos materiais impressos e dos DVDs a serem adquiridos  pelo MEC.

Outra preocupação é que os módulos utilizados passaram por modificação no Paraná. “É preciso checar se eles mantêm a proposta da profissionalização, que á a formação pedagógica e política dos funcionários, além da formação técnica específica”, completou a vice-presidente do Sintep/MT. O IFMT e a Seduc deverão visitar o IFPR entre os dias 12 e 14 de abril para conhecer a metodologia do trabalho desenvolvido. E, até esta data, elaborariam novo Plano de Trabalho ao MEC com base na distribuição dos polos a serem constituídos e o Edital de Seleção de Tutores para início da profissionalização em agosto de 2012.

Alternativa - Nos dias 15 e 16 de março, ocorreu uma reunião entre o IFMT e Seduc com a Setec/MEC, em Brasília (DF), que foi solicitada pelo Instituto mato-grossense por causa da preocupação levantada em fevereiro, principalmente pelo Sintep/MT, quanto ao atraso no início do Profuncionário. Na oportunidade, o Sindicato reafirmou a posição de que a Seduc - até que o IFMT se organize - deve reassumir, em parceria com os municípios, a profissionalização dos quase cinco mil funcionários, que há mais de um ano aguardam por isso.

A Coordenação Estadual do Profuncionário pediu que a Seduc e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação  do Estado de Mato Grosso (Undime-MT) apresentassem os investimentos necessários para garantir a oferta do curso em parceria, fazendo as adequações necessárias em seus  Planos de Trabalho Anuais (PTA), o que não ocorreu.

A secretária de Funcionários da Educação do Sintep/MT, Guelda Andrade, lamenta o descompromisso do Governo Estadual e dos Executivos municipais com a profissionalização. “Além dos prejuízos na carreira, a educação deixa de ter a atuação qualificada destes profissionais. Cobramos maior comprometimento da União com a educação básica, o que não significa que os Estados e municípios devem se desobrigar desta responsabilidade”, ressaltou.






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