O terminal de ônibus do CPA I, em Cuiabá, foi palco de uma briga de gangues que resultou em dois estudantes de 16 anos baleados
Estudante se vinga e atira em outros dois
Terminal de ônibus do CPA I: quem frequenta o lugar durante a noite já está acostumado com os assaltos
O terminal de ônibus do CPA I, em Cuiabá, foi palco de uma briga de gangues que resultou em dois estudantes de 16 anos baleados – sendo um na cabeça e o outro de raspão. O motivo seria um acerto de contas motivado por uma briga no dia anterior.
Foram baleados os estudantes Patrick Alex Sander Alves, de 16 anos, cuja bala está alojada na cabeça, e seu colega Cristian Bruno Barbosa Dias, também de 16, atingido de raspão.
A dupla tentativa de homicídio ocorreu por volta das 11 horas, após o término das aulas, no terminal onde circulam cerca de 70 mil pessoas diariamente.
Segundo os policiais, o autor, D.F., de 16 anos, foi detido com um revólver calibre 32, alugado no dia anterior por R$ 100. Ele ainda tentou fugir, mas foi cercado por populares que acionaram a Polícia Militar. Os dois baleados são estudantes da Escola Estadual André Avelino e, o autor, da Escola Estadual Padre Panarotto, no CPA IV.
Aos policiais o infrator disse que discutiu com as duas vítimas e que foi surrado, levando várias tapas. Não satisfeitos, os dois adolescentes ainda o teriam ameaçado. O adolescente então alugou um revólver e decidiu que iria atirar em Patrick, mas, como não sabe atirar direito, atingiu o outro estudante.
Assim que se deparou com os dois, dentro do terminal, D. F. sacou o revólver e atirou contra um, mas acertou os dois. Os tiros causaram pânico dentro do terminal, pois muita gente acreditava se tratar de um assalto. Populares então detiveram o infrator, tomaram da mão dele o revólver e acionaram policiais que faziam rondas pelas proximidades.
Conforme os policiais, eles colocaram o infrator na viatura e também socorreram um dos estudantes feridos, aguardando a chegada do carro do Samu que levou o garoto em estado mais grave até o Pronto Socorro de Cuiabá. Na sequencia, o infrator foi levado para o Plantão Metropolitano da Capital.
Funcionários do Terminal acreditavam se tratar de uma dívida envolvendo entorpecentes, pois disseram que eles seriam usuários, pois próximo do terminal, embaixo de uma mangueira, viciados fazem uso de drogas.
“Quando acaba (o entorpecente), eles entram aqui e temos a sensação de que vão furtar tudo o que encontram pela frente. Não é à toa que muita gente pensou que se tratava de um assalto”, relatou uma comerciante.
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