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Sexta - 23 de Março de 2012 às 06:49
Por: KAMILA ARRUDA

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A pedido do Ministério Público Federal (MPF), o juiz da 1ª Vara, Julier Sebastião da Silva, determinou o bloqueio de R$ 1,3 milhão em bens do ex-prefeito de Tangará da Serra, Júlio César Ladeia (PR), por conta de uma ação de improbidade administrativa.

Segundo o pedido, o ex-gestor aplicou de forma irregular os recursos liberados por meio de convênio firmando com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Ladeia também não teria prestado contas do montante, o que acarretou na inclusão do município no cadastro de inadimplentes do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siaf), do governo federal.

Desta forma, Julier achou necessário o deferimento da liminar, pois Tangará ficou impedida de firmar outros convênios com órgãos federais. O magistrado já solicitou a retirada do município no Siaf, contudo, seu pedido foi negado.

Outro motivo que levou o juiz a pedir o bloqueio dos bens do republicano foi para garantir o ressarcimento ao erário dos prejuízos causados durante sua gestão, caso o ex-prefeito seja condenado.

“Impõe-se o acolhimento do pedido de liminar, visando assegurar futuro ressarcimento ao erário dos prejuízos advindos das condutas ilícitas perpetradas pelo requerido (Ladeia). No caso, os elementos de convencimento, ao menos nesta fase processual, atestam que o réu deliberadamente aplicou indevidamente verbas oriundas de convênios federais, redundando em dano aos cofres públicos e à população local, que se viu privada do objeto conveniado”, diz trecho da decisão.

Além disso, para evitar dilapidação do patrimônio de Ladeia, Julier também notificou os cartórios de Cuiabá e Tangará da Serra, onde o republicado apresenta registros, bem como o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Ladeia e mais quatro vereadores tiveram seus mandatos cassados em 2011, por conta de um rombo de aproximadamente R$ 6 milhões aos cofres do município com a terceirização dos serviços de saúde mediante a contratação da Oscip Idheas, em 2009. Na época, o desvio de recurso foi divulgado por conta da operação ‘Hygeia’, deflagrada pela Polícia Federal em 2010.

O ex-prefeito foi procurado na tarde de ontem pela reportagem, mas não foi localizado e nem retornou as ligações até o fechamento desta edição.




Fonte: Do GD

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