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Internacional
Quinta - 22 de Março de 2012 às 22:07

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Nova Zelândia é um dos países com a maior taxa de consumo de maconha do mundo
Nova Zelândia é um dos países com a maior taxa de consumo de maconha do mundo
Os partidários da legalização da maconha na Nova Zelândia desafiaram as autoridades com a colocação de uma máquina vendedora de Cannabis em um clube de Auckland, a preço similar ao do mercado negro.

O aparelho é parecido com as máquinas que vendem a erva com fins terapêuticos na Califórnia, nos Estados Unidos, e por 20 dólares neozelandeses (cerca de 16 dólares ou 12,3 euros) é possível conseguir um grama da erva.
 
As autoridades permitem, no momento, que a máquina continue funcionando no clube "The Daktory", situado no oeste de Auckland, onde está a sede da organização nacional para a reforma das leis sobre maconha.

A iniciativa foi adotada para evitar o perigo que os sócios corriam quando tinham que comprar a droga nas ruas, disse a presidente da corporação, Julian Crawford em entrevista à TV, ao explicar que desde então as transações à noite diminuíram muito.

As plantas e sementes de maconha estão classificadas como drogas da classe C em Nova Zelândia, que juntamente com a Austrália são os dois países com a mais alta taxa de consumo de maconha e anfetamina de acordo com um estudo publicado na revista The Lancet.

A lei neozelandesa contempla uma pena máxima de três meses de prisão e multa de uns 400 dólares (300 euros) pelo consumo, enquanto que o cultivo e distribuição são penalizados com um máximo de oito anos de cadeia e cerca de 800 dólares (600 euros) de multa.

A maconha sintética esteve liberada na Nova Zelândia até o ano passado, e era vendida livremente em comércios, bem como pela internet. Mas o Parlamento aprovou a proibição temporária para que os cientistas estudem os efeitos colaterais depois que ocorreram vários casos de complicações supostamente relacionados ao emprego da substância.

Crawford assinalou que a máquina constitui um exemplo de como poderia ser regularizada a venda de maconha caso seja legalizada. Enquanto isso, a polícia vigia as instalações como "parte da rotina" e segue a situação de perto.

"The Daktory" foi inaugurado em novembro de 2008 e tinha milhares de filiados quando o fundador, Dakta Green, foi preso em 2011 por possuir, vender e permitir que seu comércio fosse utilizado para consumo de drogas.

O clube, que fechou as portas e se transformou na sede da organização nacional para a reforma das leis sobre a maconha, reabriu recentemente, ainda que Green continue preso.

Os clubes de Cannabis são populares no estado da Califórnia, nos EUA, onde o uso da maconha é legal para fins terapêuticos. Lá, desde 2008, máquinas em que o paciente escolhe o tipo de mercadoria desejada vended o produto após verificar a identidade do usuário pelas impressões digitais.

Na Holanda, são conhecidos os "coffee shops", onde se consome a droga, ainda que o governo tenha obrigado a que se transformem em clubes fechados com, no máximo, dois mil membros e só abertos a residentes no país.

Vigente desde 1976, a norma de funcionamento desses estabelecimentos holandeses, que na última década diminuíram de 1500 a 660, era apresentada como uma regulação modelo porque mantinha sob controle o uso da droga e reduzia o tráfico ilegal.

A maconha é uma substância polêmica porque possui propriedades terapêuticas, mas também é considerada uma droga com efeitos danosos sem uso médico.





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