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Nacional
Quinta - 22 de Março de 2012 às 20:56
Por: KÁTIA BRASIL

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Operários que trabalham no canteiro de obras do estádio Arena da Amazônia, que vai sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014 em Manaus, paralisaram as atividades a partir das 8 horas desta quinta-feira.

Eles reivindicam volta das horas extras --cortadas, segundo os operários, há três meses--, fim de assédio moral e demissão de dois engenheiros. Os operários acusam os engenheiros de xingá-los e de forçar o trabalho até durante temporais.

  Bruno Kelly - 2.mar.12/Reuters  
Obras na arena de Amazonas para a Copa do Mundo-2014
Obras na arena de Amazonas para a Copa do Mundo-2014

Os trabalhadores afirmam que ao menos 400 dos 500 operários estão parados. A construtora responsável pela obra, Andrade Gutierrez, diz que cerca de 150 aderiram à manifestação.

A paralisação dos operários não atinge o setor de pré-moldados da obra, onde trabalham cerca de 600 pessoas.

De acordo com a assessoria de imprensa da Andrade Gutierrez, as reivindicações estão sendo analisadas.

CRONOGRAMA

Com custo de R$ 500 milhões, a obra da Arena da Amazônia tem 37% de seu cronograma cumprido, segundo a empresa. A construtora não informou se o andamento da construção foi comprometido com a paralisação.

O operário Edilson Gonzaga, 24, disse que, com o corte das horas extras, o salário, que ficava em média de R$ 900, caiu para R$ 600. O grupo trabalha de segunda a sábado, oito horas por dia.

Segundo o funcionário Dilamir Barbosa da Silva, 43, os trabalhadores exigem as demissões dos engenheiros devido às humilhações. "Eles ameaçam a gente de demissão o tempo todo. A Fifa precisa fazer alguma coisa, porque a obra está atrasadíssima", afirmou.

O Ministério Público do Trabalho informou que vai investigar as denúncias dos trabalhadores e que, em janeiro, recomendou à construtora Andrade Gutierrez que não provocasse constrangimentos aos funcionários.

O governo do Amazonas, responsável pelo projeto da Copa do Mundo em Manaus, não comentou a paralisação.






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