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Quinta - 22 de Março de 2012 às 04:29

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Alternativas de Alimentação para Bovinos no Período da Seca é tema de curso de qualificação promovido através de parceria entre Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em convênio com o Sindicato Rural de Tangará da Serra. As aulas iniciaram na última segunda-feira (19.03) e seguem até a próxima sexta-feira (23), no Centro Municipal de Ensino Agrícola Ulysses Guimarães.

O curso é gratuito, com quinze vagas e carga horária de 40 horas. O instrutor é o zootecnista George Kuyumtzief, reconhecido especialista na matéria. O conteúdo é voltado a questões essenciais para a nutrição dos animais para corte e produção leiteira na época da estiagem, quando a qualidade da alimentação a pasto diminui sensivelmente. Alternativas como silagem e definição de variedades com maior teor protéico estão entre as soluções.

Para George  Kuyumtzief, a diferença entre prejuízo e rentabilidade na pecuária de corte e na produção leiteira reside na digestibilidade, e este fator está ligado diretamente à qualidade da alimentação. “Não adianta alimentação em quantidade se o gado tiver dificuldade em digerir o alimento”, disse, numa das aulas teóricas do curso.

Outros aspectos importantes, segundo o instrutor, é o conhecimento das características dos alimentos da região e, fundamentalmente, da anatomia bovina. Ruminantes, os bovinos possuem sistema digestivo poligástrico, em que o bom funcionamento do rúmen é vital para uma conversão alimentar satisfatória. O rúmen é uma câmara de fermentação do aparelho digestivo, onde microorganismos vivem simbioticamente. Os alimentos fibrosos e grosseiros ingeridos pelo animal não seguem do rúmen para o restante do aparelho digestivo (omaso, abomaso – ou “estômago verdadeiro” - e intestinos) enquanto não estiverem devidamente processados pela ação dos microorganismos.

Na estação da seca, as gramíneas e forrageiras têm seus índices nutritivos – principalmente relacionados a sódio, nitrogênio, fósforo, cobalto, iodo e enxofre – diminuídos, considerando a sazonalidade destas variedades em Mato Grosso. Esta queda nutricional nas pastagens pode ocasionar perdas significativas de peso, redução da produção de leite e perdas na reprodução.

Assim, a correta alimentação no período de seca sempre fará a diferença entre ganhos e perdas nos rebanhos, especialmente entre os animais criados a pasto, como em propriedades menores, diferentemente dos confinamentos, onde a alimentação é diferenciada durante todo o ano.

CURSOS – Os cursos realizados através de parceria com o Senar são gratuitos. Somente em 2011, foram beneficiadas cerca de 400 pessoas ligadas ao meio rural e da comunidade em geral. As instruções atendem às mais variadas áreas, como pecuária, aproveitamento de alimentos, trabalhos em couro e tecidos, agricultura, manejo e conservação de solo, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, entre outros.






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