Tião "importa" ex-secretários Yênes e Orestes e segue passos de Maggi

     Empresário e com perfil mais técnico, o prefeito Tião da Zaeli (PSD) parece seguir os passos do ex-governador e senador, Blairo Maggi (PR), um dos incentivadores do ingresso do dele na política, ao “importar” secretários da gestão do republicano à frente do Palácio Paiaguás. Sete meses após ser nomeado ao posto de assessor de Gestão do prefeito, o coronel da PM, Orestes de Oliveira, assumiu nesta terça (21) a pasta de Infraestrutura na segunda maior cidade do Estado, em substituição a Willian Sampaio.

     O militar chegou a atuar como uma espécie de “segurança” de Tião no conturbado processo legislativo, judicial e político em que, ao final, o social-democrata acabou efetivado na cadeira de prefeito. Antes, o gestor teve que enfrentar a ira de vereadores, secretários e servidores, temerosos com as possíveis exonerações. Para isso, ele contou com a ajuda de Orestes na condição de assessor de Gestão. Superado o clima de instabilidade político-administrativa, o militar tem a “missão” de tocar as obras numa cidade em que as principais carências são por infraestrutura e saneamento.

     Ele vai executar, nos próximos dias, ações de impacto imediato que devem, em outubro, se transformar em votos na campanha à reeleição do prefeito, como de limpeza dos terrenos urbanos, pavimentação asfáltica, coleta de lixo e iluminação das vias públicas.

     Ex-homem-forte dos quartéis no Governo Maggi, Orestes ganhou espaço na gestão do republicano ao ser alçado por duas vezes, não consecutivas, à condição de comandante-geral da PM, secretário-chefe da Casa Militar, além de subsecretário de Segurança Pública.Yênes Magalhães também atua desde o último ano na gestão de Tião da Zaeli, no comando da pasta de Planejamento.

     Ele tem a tarefa de reestruturar a prefeitura. A mensagem com as mudanças devem ser encaminhadas nos próximos dias à Câmara. Yênes também esteve à frente da secretaria estadual de Planejamento durante toda a gestão Maggi e saiu ao ser nomeado para a diretoria homônima da extinta Agecopa, onde também acumulou o posto de diretor-presidente com a renúncia de Adilton Sachetti. Após a transformação da autarquia em Secopa, Yênes foi “cooptado” por Tião para desempenhar a tarefa no Paço Couto Magalhães.