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Quarta - 21 de Março de 2012 às 09:40

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O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou (acusou formalmente) o policial civil Maxwel José Pereira pelo assassinato do comerciante Gilson Sílvio Alves. O crime ocorreu em maio do ano passado, em um posto de gasolina localizado na Rodovia dos Imigrantes.

Na ocasião, o policial civil Edson Leite ficou ferido e, ao ser socorrido até o PSVG, ele e o policial João Osni Guimarães morreram num acidente de carro. Na semana passada, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa concluiu as investigações, indiciando o policial.

Segundo o MPE, o relatório da Polícia Civil aponta que a vítima entrou em luta corporal com o policial, conseguindo tomar a pistola de um dos investigadores e, na troca de tiros, foi atingido por vários tiros, morrendo no local. Maxwel foi denunciado por homicídio simples.

Conforme o promotor da 1ª Vara Criminal da Comarca de Várzea Grande, Allan Sidney do Ó Souza, os tiros disparados durante a abordagem policial também atingiram o policial Edson Marques Leite na perna e na região abdominal. Ao ser socorrido pelo seu colega de profissão, João Osni, eles se envolveram em um acidente automobilístico, vindo ambos a morrer em função de traumatismo crânio-encefálico.

O representante do Ministério Público explicou que não existem, no inquérito policial, provas no sentido de que os dois policiais – Maxwel e Edson Leite - tenham se deslocado ao posto de combustível deliberadamente atrás da vítima, mas que estavam em diligência visando a encontrar um suposto ladrão de carretas, conhecido como "Carlinhos". Com isso, o MPE eliminou a hipótese de que tanto o comerciante como os policiais se conheciam, descartando a suspeita de que um dos policiais teria procurado Gilson para um "acerto de contas".

“Foi noticiado que, na semana anterior ao crime, a vítima teria batido no sobrinho de um dos policiais envolvidos na ocorrência, porque ele teria participado de um assalto em sua residência. Todavia, essa informação não foi confirmada pelas testemunhas durante o inquérito e também não foi verificado nenhum grau de parentesco entre os suspeitos do assalto e os policiais”, esclareceu o promotor de Justiça.

Conforme o MPE, seguindo o relatório da delegada Sílvia Pauluzi, ao chegar ao referido posto o comerciante - que já se sentia ameaçado em razão de fatos ocorridos após assalto em sua residência -, fugiu rumo a um matagal. Suspeitando de que havia algo errado, os policiais teriam iniciado a perseguição que resultou na luta corporal e na troca de tiros. (AR)





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