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Cidades/Geral
Sexta - 01 de Novembro de 2013 às 07:48

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A interdição da policlínica do Planalto, em Cuiabá, causou transtornos para os moradores da região. Eles reclamam da falta de informação e de unidades de saúde disponíveis nas proximidades. Outro efeito colateral foi a superlotação a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), da Morada do Ouro, que passou a receber o dobro de sua capacidade e também está com dificuldade de suprir a demanda.

A policlínica foi interditada por tempo indeterminado após a forte chuva do último domingo (27). O temporal alagou a unidade e destruiu parte da cobertura.

Cinco dias após a chuva, a suspensão ainda tem pego os pacientes desprevenidos. Como no caso de Sinhorinha de Jesus, de 51 anos, que mora perto da policlínica. Ela contou que na tarde de ontem saiu mais cedo do trabalho para cuidar de uma infecção no pé, porém foi surpreendida com o aviso de interditado e sem nenhum tipo de atendimento. “Eu cheguei aqui e vi a placa, a recepcionista não me deu nenhuma informação, só me disse que não tinha ninguém, nem um enfermeiro para poder dar uma olhada no meu pé”, disse.

Na UPA da Morada do Ouro a situação está caótica. Mesmo às 17h, horário em que normalmente há um menor fluxo de pessoas, o estabelecimento se encontra abarrotado.

Sueli Souza, de 24 anos, disse que desde as 11h está plantada na unidade para receber atendimento. Ela falou que a filha, Angelina, de apenas cinco anos, sofre de um problema de nascença e precisa tomar medicamentos regularmente. Porém, para adquirir o remédio é necessário realizar um eletroencefalograma. “Eu estava acostumada a ir ao Planalto. Estou aqui apenas para pegar o encaminhamento do exame e isso já faz mais de cinco horas. Quem sofre com mais é a minha filha.”

Conforme o Diretor Técnico da UPA da Morada do Ouro, José Antônio Figueiredo, a unidade costumava receber 300 pacientes por dia, porém desde segunda-feira tem recebido 630 atendimentos. Figueiredo afirmou que o efetivo da policlínica do Planalto também está atuando na UPA, mas falta estrutura física. “Nós improvisamos a sala de curativos contaminados e a de assistência social, mas ainda assim não é o suficiente.”

Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, ainda não há prazo para desinterditar a policlínica. Dois enfermeiros e uma ambulância estão sendo mantidos no local para informar ou tratar de algum tipo de urgência. Das cinco equipes da policlínica, duas foram remanejadas para a UPA e as outras três para as demais policlínicas.
 






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