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Terça - 20 de Março de 2012 às 09:01
Por: Edivaldo de Sá

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A Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) de Mato Grosso, emitiu no último dia 13 de Março (terça-feira) documento que põe fim a boataria que se instalou no município de Nortelândia, pela desapropriação da Fazenda Arrossenssal Agropecuária e Industrial S/A do Grupo Camargo Corrêa. A área possui 68 mil equitares e é utilizada nas atividades de pecuária e agricultura.

Um movimento liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (SINTRAF), e é dirigida por Josafá Santos Rocha, que havia provocado o órgão para realizar a vistoria na fazenda, alegando que a mesma seria improdutiva e, portanto passível de reforma agrária.

No ano passado, o INCRA, enviou uma equipe para fazer um levantamento na Arrossenssal Agropecuária, provocando um rebuliço na cidade, além de informações desencontradas. A direção da empresa não quis se pronunciar a época e por meio da assessoria de imprensa, informou que só falaria após o laudo oficial do instituto.

Na segunda-feira (12.03) da semana passada, o Comitê de Decisão Regional (CDR) do INCRA de Mato Grosso deliberou pelo arquivamento do processo desapropriação da fazenda e a consequente desinibição do código da Fazenda Camargo junto ao Serviço Nacional de Cadastro Rural (SNCR). A decisão esta baseada no laudo que resultou em Grande Propriedade Rural Produtiva. O “atestado” é assinado pelo Superintendente Regional Valdir Mendes Barranco.  

O laudo final apontou que o Grau de Utilização da Terra (GUT) foi de 90,17% e o Grau de Utilização na Exploração (GEE ) foi de 162,53% aferidos pelos tecnicos do INCRA, isto é, cumprindo a função social da propriedade, preceito de ordem constitucional, muito superior aos indices estabelecidos pelo orgão, portanto não passível de desapropriação, conforme constam os documentos em anexo.

Procurado pelo Repórter News (RN), o diretor da fazenda Laércio Trentino preferiu não polemizar e se limitou a dizer que a fazenda cumpre rigorosamente a legislação brasileira, e mantém uma alta rotatividade na produção agrícola, bem como gera dezenas de empregos e renda para o município, cumprindo inclusive o seu papel social e ambiental.

 Trentino lamentou o cunho politico do movimento e as informações errôneas passadas a população, que nada contribuem para o avanço da relação e discussão de politicas e ações que possam redundar em proveito da comunidade.

A Arrossenssal Agropecuária desenvolve diversos projetos em parceria com a administração municipal nas áreas educacional, social e de desenvolvimento econômico, colaborando de forma positiva para a melhoria da qualidade de vida da população de Nortelândia. Entre eles está a reforma e ampliação das escolas municipais Caetano Dias e Júlio Praxedes, a criação do Projeto Sementeia que culminou com o surgimento do Grupo Arte da Mata, responsável por transformar a vida de um grupo de mulheres que hoje confeccionam bolsa e bijuterias, comercializadas nos grandes centros comerciais. O Instituto Camargo Corrêa trabalha vários programas junto às crianças, adolescentes e adultos.

Na área econômica, a fazenda desenvolve em parceria com a Prefeitura Municipal, um projeto modelo na geração de renda sustentável,  que pode representar a redenção da cidade, e consiste na implantação de um assentamento em que as famílias receberiam uma parcela de terra em comodato por um período que pode chegar a até 20 anos, e 100% do que for produzido será do produtor. O diferencial é que as famílias receberiam todo tipo de assistência desde a produção, passando pela industrialização e comercialização de cadeias produtivas diversas. O projeto estava parado, aguardando a conclusão da vistoria e agora deve ser retomado pela direção.

Hoje a propriedade do Grupo Camargo Corrêa mantém bovino para abate, e planta soja e milho safrinha.


Clique aqui e leia o documento.







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