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Polícia Brasil
Segunda - 19 de Março de 2012 às 22:39

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A Polícia Civil e o Ministério Público de Américo Brasiliense, no interior de São Paulo, investigam denúncias de abuso sexual dentro da Escola Municipal de Ensino Fundamental Américo Roncalli. Na última quarta-feira, a família de uma menina de 6 anos registrou boletim de ocorrência e informou que a suposta vítima ouviu que colegas também teriam sido acariciados por um funcionário da escola. O homem, que é inspetor na instituição, prestou depoimento e negou as denúncias.

O delegado Edmar Benedito Piccolo Júnior, titular da Delegacia de Américo Brasiliense, disse nesta segunda-feira que abriu inquérito para apurar o caso, que foi registrado como importunação ofensiva ao pudor e estupro de vulnerável. Piccolo Júnior afirmou também ter repassado as informações sobre outras supostas vítimas ao Conselho Tutelar e pediu uma apuração interna à administração da escola.

Ainda na semana passada, o Conselho Tutelar ouviu um grupo de sete crianças de até 10 anos e informou que as informações foram desencontradas: algumas confirmaram terem sido acariciadas pelo funcionário e que outras negaram qualquer tipo de aproximação libidinosa. Segundo o conselho, alguns estudantes também mudaram suas versões.

Um relatório sobre a conversa foi encaminhado à Promotoria da Infância e Juventude da cidade. O promotor Carlos Alberto Melluso Júnior afirmou que, após ouvir a mãe da suposta vítima e o relato das crianças, pediu à Justiça, com urgência, acompanhamento social e psicológico dos estudantes e seus familiares durante a investigação. Até a tarde desta segunda-feira, a decisão não havia saído.

O promotor destacou que a medida é necessária para uma apuração mais profunda dos fatos, uma vez que os relatos são de carícias por cima da roupa, ação que não teria deixado vestígios nas crianças. Se autorizado pela Justiça, um assistente social entrará em contato com as famílias para reunir informações sobre os supostos abusos e sobre o comportamento das crianças. "A investigação está em fase inicial e é temerário fazer comentários", afirmou.

O Terra entrou em contato com a Secretaria de Educação de Américo Brasiliense, mas não teve retorno até a publicação da reportagem.





Fonte: Terra

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