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Segunda - 19 de Março de 2012 às 08:56
Por: Gabriela Galvão

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     A “troca de farpas” entre o secretário extraordinário das obras da Copa Eder de Moraes (PR) e a deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) só deve chegar ao fim em 2014, quando a seleção que for jogar em Cuiabá entrar em campo. Na última semana as desavenças continuaram, enquanto ela criticou o secretário pela falta de transparência ou má qualidade das informações, Eder contra-atacou dizendo que alguns questionamentos são inócuos e que antes de fazer uma pergunta é preciso formulá-la. As declarações do republicano foram dadas durante palestra do presidente do TCU, Benjamin Zymler, sobre o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), no TCE.

     Acontece que a parlamentar cobra frequentemente a apresentação do projeto executivo do VLT, modal de transporte coletivo escolhido para o Estado. Em visita ao RDNews no dia Internacional da Mulher (8), ela pontuou que não reclama do fato das informações não serem encaminhadas quando solicitadas, mas sim pela qualidade com que chegam ao Legislativo. “Não queremos saber das obras por foto do google”, atacou. Luciane acrescentou que deseja dados concretos e lisura em relação aos projetos e disse que para Eder não falta eficiência, mas sobra arrogância.

      O secretário, por sua vez, de forma irônica lembrou que o RDC, que será utilizado para licitar o metrô de superfície, bem como inúmeras obras para a Copa do Mundo, não exige projeto básico, nem executivo, apenas o anteprojeto de engenharia. “É óbvio que não tinha um projeto, o RDC sequer exige. O regime existe para dar celeridade ao andamento das obras e mostra que estamos no caminho certo”.

     O secretário ainda não perdeu a oportunidade de auto-elogiar seu trabalho. “Não existe secretaria mais transparente que a Secopa”. Declarou também que a pasta tem excesso de zelo, pois realizou audiências públicas para discutir o edital do VLT, ao passo que não é uma exigência do RDC. Ele ressaltou que repassa apenas as informações que são permitidas e em um momento de cautela, reconheceu que os questionamentos vem das pessoas que estão no papel de fiscalizar. “Mas cabe a mim atender o que é possível”.





Fonte: RDNEWS

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