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Domingo - 18 de Março de 2012 às 12:36
Por: Renê Dióz

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O promotor Mauro Zaque, autor da ação que pediu afastamento do defensor-geral André Prieto, demonstrou indiferença em relação aos ataques de cunho pessoal desferidos na última semana pelo defensor. O membro do Ministério Público (MP) classificou a atitude de Prieto como a reação desesperada natural e até mesmo esperada de quem, de súbito, acaba vendo-se na condição de réu.

No calor dos acontecimentos na  sexta-feira (16), Prieto concedeu entrevista coletiva à imprensa na qual anunciou a decisão desfavorável ao MP dada pela Vara Especializada da Ação Civil Pública. Enraivecido, o defensor atacou pessoalmente Zaque, acusando-o de já ter se utilizado da escolta oficial do MP para levar a mulher ao salão de beleza.

Além disso, Prieto afirmou que Zaque lhe deve dinheiro e que o irmão do promotor teria se favorecido quando da construção do prédio das promotorias do MP, pois sua empresa foi contratada como fornecedora de mármore.

Procurado pelo Olhar Direto, Zaque procurou deixar claro que limita-se a comentar o que está nos autos do processo, pois ataques pessoais, disse, são comuns neste tipo de caso. O promotor afirmou que não é a primeira vez que, por conta de um processo, viu-se pessoalmente atacado e se disse calejado desse tipo de situação, lembrando de casos como o do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro e outros processos contra narcotraficantes.

“Nesse tipo de situação, o importante é o réu justificar e se contrapor às provas. Isso eu não vi ele fazer”, comentou, referindo-se à entrevista coletiva de Prieto.

Embora tenha dito que só fala sobre o processo em si, e não sobre as acusações pessoais lançadas por Prieto, sobre o caso do mármore fornecido para a construção do prédio das promotorias Zaque sugeriu que se questione o procurador Paulo Prado, que exercia a função de procurador-geral na época da construção.

Já sobre o processo, o promotor não se deu por vencido, afirmando que o processo continua mesmo sem o afastamento imediato do defensor-geral, mas não deixou de lamentar a não concessão da liminar pedida.

“A Justiça perdeu uma excelente oportunidade de preservar o patrimônio público”.






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