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Sábado - 17 de Março de 2012 às 09:50
Por: JARDEL ARRUDA

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O ano de 2012 já pode ser considerado problemático no quesito de crimes contra unidades bancárias. O primeiro trimestre ainda está incompleto e já foram registrados mais de 20 casos relacionados a arrombamento de caixas-eletrônicos, ‘saidinhas de banco’ e tentativas de assalto a banco. Apesar do índice alarmante, as grandes redes bancárias continuam sem tomar medidas rápidas para melhorar a segurança.

No caso de caixas-eletrônicos, apenas a Rede 24 Horas possui todos os equipamentos protegidos, ou por dispositivos de tinta para manchar as cédulas, ou para queimá-las no caso de uma tentativa de assalto. Essas medidas inutilizam as notas para o uso cotidiano, de acordo com resolução do Banco Central, e tornam inútil esse tipo de crime.

“Alguns caixas (além da Rede 24 Horas) possuem dispositivos, mas são poucos. Não existe nenhuma ação conjunta dos bancos visando melhorar a segurança dos caixas-eletrônicos”, diz Arilson da Silva, presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT).

O major da Polícia Militar Wankley Rodrigues, secretário-executivo do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) de Segurança Bancária, também comentou a falta de investimentos dos bancos em itens de segurança. “Nosso maior desafio é que as instituições financeiras participem dos investimentos na segurança. Ainda temos muita dificuldade com imagens de má qualidade nos circuitos internos de TV, por exemplo”.

Além disso, as agências das redes do Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander, ignoram a legislação municipal de Cuiabá quanto à instalação de biombos entre os caixas. Segundo o Seeb, os casos de saidinhas de banco têm sido maiores nessas instituições em decorrência da falta de privacidade do cliente. Fato que poderia ser resolvido caso a lei fosse seguida.

Em nota, o Itaú Unibanco informou “que está avaliando as medidas para o cumprimento dessa legislação". Já o Santander “avaliará o fato apontado e se necessário tomará as devidas providências”. Procurado pela reportagem, o Bradesco não se manifestou a respeito.

Em uma nota padronizada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entidade responsável por responder pelas ações unificadas de segurança dos bancos, afirma que “a maior preocupação é a segurança dos clientes”. De acordo com a nota, foram investidos mais de R$ 10 bilhões em itens de segurança durante o ano de 2011 e as ocorrências teriam sido reduzidas em 82% na última década.

Contudo, os números da Febraban vão de encontro com os da Confederação nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), que, em um comparativo de 2011 com 2010, apontou um aumento de 113,4% nas mortes ocasionadas por assaltos a banco.






Fonte: Do DC

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