Pelo menos 27 pessoas morreram e 97 ficaram feridas neste sábado (17) em duas explosões que atingiram prédios oficiais em Damasco, capital da Síria, segundo o ministro da Saúde, Wael al-Halki.
Dois edifícios das forças de segurança da Síria foram alvos de explosões.
Segundo o ministro, o atentado matou principalmente civis.
A agência oficial de notícias Sana informou que dois carros-bomba explodiram em Damasco, em ações qualificadas de "terroristas".
Cratera provocada por uma das explosões em Damasco neste sábado (17) (Foto: AFP)
Prédios em chamas após atentado que atingiu as forças de segurança da Síria neste sábado (17) na capital, Damasco (Foto: AFP)
A TV síria mostrou imagens de corpos carbonizados e diversos destroços materiais, além de grandes colunas de fumaça no lugar dos atentados.
O primeiro dos ataques teve como alvo a sede da Inteligência Aérea, situada no norte da capital síria, enquanto uma segunda explosão foi ouvida por volta das 7h40 locais (2h40 de Brasília) em um edifício da Segurança Criminal, no oeste da cidade.
"Minha família está bem, mas as janelas da minha casa ficaram totalmente destruídas. A explosão foi terrível", disse uma mulher que vivia na Praça Tahrir, perto do complexo de segurança.
O opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou em um comunicado que vários membros das forças de segurança morreram e outros ficaram feridos nas explosões.
Damasco voltou a ser cenário de atentados, apesar de ter mantido relativa calma desde a eclosão da rebelião contra o contestado presidente sírio, Bashar al Assad, em março do ano passado.
Condenada pela comunidade internacional, a repressão à revolta já deixou pelo menos 8.000 mortos no país, segundo balanço da ONU.
Mas o número de mortes pode ser bem maior, segundo vários relatos.
Em dezembro passado, pelo menos 40 pessoas morreram na capital em dois ataques suicidas com carros-bomba que explodiram de maneira quase simultânea nas imediações de dois edifícios da Segurança Central, em um ataque que as autoridades atribuíram à organização terrorista da al-Qaeda.
O país também vive uma guerra de informações, com a imprensa impedida de circular livremente, e governo e oposição divulgando dados frequentemente contraditórios sobre enfrentamentos.
A oposição acusa o governo de estar por trás de vários atentados.
Já o regime acusa grupos terroristas de terem se aproveitado de protestos para "desestabilizar" o país.
Aleppo
Também neste sábado, dois policiais morreram e três ficaram feridos em um tiroteio com homens não identificados na província de Aleppo, no norte do país, informou o OSDH.
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