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Sábado - 17 de Março de 2012 às 07:45
Por: KAMILA ARRUDA

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LORIVAL FERNANDES/DC
Caminhão-pipa abastece casa no bairro Boa Esperança: foram dez dias sem água, o que deixou os moradores revoltados
Caminhão-pipa abastece casa no bairro Boa Esperança: foram dez dias sem água, o que deixou os moradores revoltados
Após interferência do Ministério Público do Trabalho, os servidores da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) e a Prefeitura da Capital, entraram num acordo quanto ao Plano de Demissão Voluntária (PDV). A reivindicação era por uma melhoria do plano, já que com a concessão, seus empregos poderiam estar sob risco.

Segundo a assessoria do MP, os funcionários farão plantão durante o final de semana para que o serviço seja restabelecido até segunda-feira (19).

Desta forma, ficou decidido, após reunião ocorrida ontem (16), que o valor a ser pago a título de indenização pelo PDV (Programa de Demissão Voluntária), que era um dos objetos da controvérsia, o acordo firmado na audiência estabeleceu o pagamento de R$ 15 mil para os servidores que foram aprovados no concurso ocorrido em 2009 e R$ 30 mil para os servidores aprovados no concurso realizado em 2002.

Além disso, ficou assegurada pela CAB Ambiental a concessão de estabilidade de um mínimo de seis meses a todos os trabalhadores da Sanecap que optarem pela permanência na atividade junto àquela empresa, além de períodos adicionais de estabilidade, proporcionalmente ao tempo de serviço, para aqueles que contem com mais de cinco anos de serviços prestados, até o limite de nove meses de estabilidade.

No que se refere à greve, a Sanecap, o Município e a Oros comprometeram-se a não efetuar qualquer desconto pelos dias parados. Além disso, o Palácio Alencastro (leia-se contribuintes) também irá disponibilizar cerca de R$ 2 milhões a Justiça Trabalhista, para pagamento de dos direitos exigidos pelos servidores.

Contudo, por conta da greve, que durou a semana inteira, diversos bairros sofreram com a falta de água. Muitos moradores e empresas foram obrigados a comprar água para suprir pelo menos as suas necessidades básicas, como higiene e comida.

Cristiane de Brito é moradora do bairro Dom Aquino, um dos mais atingidos pela falta de água. Ela conta que chegou a Cuiabá há apenas duas semanas e já pensa em voltar para sua cidade de origem, pois para ela não tem como viver com esta situação.

Segundo Cristiane, há mais de três dias não tem água em casa. Ela afirma que o que a está salvando é a colaboração dos vizinhos que possuem caixa d’água extra em casa. “Desde terça-feira não tem água, e para não ficar sem, a gente está pegando de duas vizinhas que possuem um reservatório de água no chão”, afirma.

Ela conta que os moradores procuraram a Companhia diversas vezes para reclamar da situação, mas eles sequer atendiam. Além disso, Cristiane afirma que recebeu a informação de que o abastecimento de água voltaria hoje. Contudo, ao abrir a torneira, o que a recém-chegada na Capital encontrou foi somente água suja.

A situação ficou ainda pior no bairro Boa Esperança, tanto que os moradores, que ficaram sem água mais de dez dias, estão revoltados. As sócias Dagmar Almeida e Berenice de Oliveira, são proprietárias de um restaurante nas imediações da Rua 2 e ontem tiveram que recorrer três vezes, em dez dias, a caminhões-pipa.

De acordo com Dagmar, por conta da falta de água, elas tiveram que desmarcar horários agendados pelos clientes, pois não tem condições de atendê-los. “Estamos cancelando todas as reservas porque não estamos conseguindo atender os clientes”, diz.

Ela conta que estão tiveram que usar até água mineral para poder tomar banho e escovar os dentes.




Fonte: Do GD

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