Ministério Público pede afastamento de defensor-geral
O promotor de justiça Mauro Zaque protocolizou na Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, o pedido de afastamento do defensor público geral de Mato Grosso, André Pietro, por improbidade administrativa.
Fontes do Olhar Direto confirmam que o documento já foi recebido e está sob análise do Juiz Luiz Aparecido Bertolucci, que dentro dos próximos dias deve emitir um parecer.
A informação vem à tona justamente no dia em que, na contramão da história, a assessoria da Defensoria Pública torna público o documento em que o defensor geral substituto, Augusto Celso Reis Nogueira, manda arquivar o pedido de afastamento de Pietro, sugerido pelo corregedor-geral, Ademar Monteiro da Silva.
O relatório da corregedoria que culminou no pedido de afastamento de Pietro, bem como um segundo também entregue ao Ministério Público Estadual, obtidos com exclusividade pelo Olhar Direto, apontam desvios de recursos por meio de aquisições superfaturadas de combustíveis, relações políticas escusas, nepotismo, pagamentos adiantados de contratos e serviços que nunca existiram e por meio da emissão de notas frias.
Os gastos irregulares cometidos por André Pietro, nos primeiros meses de sua gestão, podem ultrapassar R$ 1,9 milhão. Além de gastos exacerbados fora do orçamento da Defensoria, o chefe da instituição nomeou apadrinhados políticos do deputado Sérgio Ricardo (PR) e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), como uma espécie de troca de favor pela indicação que os parlamentares fizeram em favor do nome dele ao governador Silval Barbosa (PMDB) para assumir o cargo de defensor-geral.
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