Justiça declara greve ilegal em Jirau e manda operários voltarem
A Justiça do Trabalho declarou nesta quinta-feira (15) que a greve de operários na usina de Jirau, em Rondônia, é ilegal.
O juiz Ilson Alves Pequeno Júnior determinou o retorno imediato dos trabalhadores às atividades. Se não voltarem, o sindicato da categoria terá de pagar multa de até R$ 200 mil por dia.
Os 15 mil funcionários da empreiteira Camargo Corrêa decidiram cruzar os braços nesta semana -- há ainda a hipótese de que a maioria tenha sido impedida de trabalhar pelos grevistas.
O movimento começou na quinta-feira passada (8), quando 1.500 operários de uma empresa terceirizada --a Enesa-- pararam o trabalho. Nos dias seguintes, funcionários da Camargo Corrêa passaram a aderir.
Na decisão liminar, o juiz disse que os funcionários da Enesa agiram "de modo reprovável" e causaram "insegurança e medo na classe trabalhadora". Para ele, a manutenção da greve pode repetir "lamentáveis fatos ocorrido no ano de 2011".
Há um ano, parte do canteiro de obras foi destruído em um quebra-quebra que parou as atividades da usina e levou o governo federal a discutir questões trabalhistas em grandes obras.
Se houver ameaças ou práticas violentas, o sindicato também terá de pagar multa de R$ 100 mil por dia. A decisão da Justiça prevê a presença de força policial para ajudar no cumprimento da liminar.
O presidente do Sticcero (sindicato dos trabalhadores da construção civil do Estado), Raimundo Soares, disse que os operários ainda não voltaram às atividades. Afirmou que o sindicato iria discutir o assunto em reunião na tarde desta quinta.
Marlene Bergamo-24.mar.2011/Folha | ||
Instalações destruídas após os confrontos ocorridos com operários, em Jirau, no ano passado |
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