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Quinta - 15 de Março de 2012 às 10:42
Por: JARDEL ARRUDA

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Pelo menos 300 mil alunos estão sem aula em Mato Grosso devido à paralisação geral dos trabalhadores da rede estadual e das municipais de Mato Grosso, que chega ao segundo dia. A greve está prevista para acabar sexta-feira. Até lá, mais escolas devem aderir ao movimento e mais alunos ficarão sem aulas.

Entre as principais pautas da reivindicação está o pagamento do piso salarial para a classe. Para solucionar este problema, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação e Professores de Mato Groso (Sintep-MT), Gilmar Soares, sugere que os municípios reforcem a cobrança de impostos.

De acordo com o sindicalista, em Mato Grosso apenas onze municípios cumprem com o piso salarial estipulado pelo Ministério da Educação (MEC), de R$ 1.451,24. Para ele, isso ocorre em decorrência de uma cobrança de impostos municipais ineficientes.

“Eles (os prefeitos) alegam que falta recurso, mas isso não é verdade. Se houvesse uma arrecadação correta de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer natureza), outros impostos e das dívidas ativas do estado, os municípios teriam condições de pagar o piso correto aos professores”, diz Gilmar.

Por outro lado, o secretário de Estado de Educação, Ságuas de Moraes, acredita que somente com o auxílio do Governo Federal será possível resolver os problemas da educação. “A arrecadação de muitos municípios é pequena. Eles têm uma dificuldade muito grande em pagar o piso e eu não vejo uma solução sem ajuda da União”, afirmou.

Outra problemática apontada por Gilmar Soares é o fato de muitos municípios arcarem com a educação fundamental. Segundo ele, o Estado “joga toda responsabilidade para os municípios: construção de escolas, transporte e contratação de profissionais”.

Quanto a esse fato, o secretário de Educação afirmou que tem realizado, desde quando assumiu a pasta, em 2007, a divisão de responsabilidades do ensino fundamental com os municípios.

Em alguns casos, segundo ele, como Sinop, a situação do piso salarial pode ser regularizada dessa forma. “Entretanto, os municípios com pouca arrecadação precisam de ‘dinheiro novo’. Nós (secretários estaduais de Educação) falamos isso ao ministro quando nos reunimos com ele”, pontuou.




Fonte: Do DC

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