Agentes cobram salários, boicotam prefeito e ameaçam deflagrar greve

      A relação entre o prefeito de Rondonópolis Zé do Pátio (PMDB) e os servidores é cada vez mais delicada. Os agentes de saúde “cruzaram os braços” há uma semana e os agentes de endemias também prometem parar. Eles denunciam que, desde agosto do ano passado, Pátio recebe o repasse do governo federal para pagar o salário base no valor de R$ 750 reais, mas repassa apenas R$ 561, valor abaixo que o salário mínimo fixado em R$ 622.

    A presidente do sindicato dos Agendes de Saúde Marina Lara reforça que a medida é ilegal, mas que o peemedebista se recusa a manter diálogo com a classe e ouvir as reivindicações. “A contrapartida da gestão é de R$ 128 por servidor, com os encargos. Mas ele está ganhando em cima. Em Mato Grosso todos os municípios pagam os R$ 750”, reclama.

    Em retaliação a postura do prefeito, os agentes se negaram a entregar o relatório mensal que a prefeitura precisa repassar ao ministério da Saúde para, assim, receber a verba, que chega a R$ 225 mil.

    A presidente, no entanto, frisa que Rondonópolis já não vai receber o recurso este mês devido a irregularidades praticadas pela gestão municipal. Segundo ela, foi detectada duplicidade de dados. “Nossa paralisação pode influenciar no bloqueio, mas não somos os responsáveis por isso”, argumenta. Nesta quarta (14), a categoria, que possui cerca de 350 servidores, vai fazer uma assembleia decidir se vai deflagrar a greve.