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Terça - 13 de Março de 2012 às 11:37

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Reprodução SporTV
Luigi Cani sobrevoa ilha artificial em Dubai, nos Emirados Árabes
Luigi Cani sobrevoa ilha artificial em Dubai, nos Emirados Árabes

Luigi Cani parece que nasceu para voar. Aos oito anos, foi salvo pela mãe quando tentava pular pela janela do terceiro andar do prédio onde morava em Curitiba, com um saco de lixo como paraquedas. Engana-se quem acha que Dona Mail conseguiu "salvá-lo" do perigo para sempre. O curitibano, hoje, é um dos maiores paraquedistas do mundo, especializado em saltos de alta precisão.

Luigi transformou o perigo em profissão, mas diferente das estripulias que fazia quando criança, seus saltos são feitos com absoluta segurança. Apesar de todo o estudo feito antes de se aventurar em um novo projeto, ele revela que o medo está sempre presente em seus desafios.

- Medo é uma coisa muito presente na minha vida. Faço muita coisa que dá muito medo. E ao contrário do que as pessoas imaginam, eu sinto muito medo. Hoje, para mim, voar é a realização, é conquista. É a sensação mais gostosa que eu tenho - disse em entrevista exclusiva ao "SporTV Repórter".

Após descobrir que poderia transformar o hobby do paraquedismo em profissão, Cani está sempre em busca de metas cada vez mais ousadas. Suas conquistas são de colocar medo em qualquer mortal. A conquista rendeu um recorde mundial: o de velocidade em queda livre, ao voar a 552 km/h. No mesmo ano, outra realização. O salto com o menor paraquedas do mundo, com uma área de velame de 3 metros quadrados.

- Eu comparo o voo com o menor paraquedas do mundo com a diferença de você dirigir um fusca ou uma Ferrari. Ou a diferença de você voar um avião teco-teco de hélice ou voar um caça último modelo das forcas aéreas americanas. Ele tem muita performance, muita velocidade, manobra. Tudo acontece muito rápido e é uma tecnologia superior que não existe no mercado ainda.

Com as conquistas, começaram a aparecer os convites. Como, por exemplo, voar ao lado de uma caça. Com uma wingsuit (macacão com asas), uma roupa que "imita" um pássaro e aumenta a flutuabilidade do salto, Cani realizou um salto único na vida.

- Eu sonhava com isso há muitos anos. Demorou seis anos para conseguir materializar esse sonho. Eu materializei de uma forma bem mais simples do que eu tinha imaginado. Mas eu consegui voar pertinho do avião caça. Aquela sensação vai ficar comigo para sempre.

No Rio de Janeiro, o curitibano conheceu o Corcovado de perto. Bem de perto, diga-se. Cani saltou com uma wingsuit de um helicóptero e passou a poucos metros do Cristo Redentor e da montanha, chegando a rasgar a roupa no contato com pedra.

Luigi Cani Cristo SporTV Repórter (Foto: Divulgação)
Luigi Cani voou perto do Cristo e chegou até a rasgar a roupa ao entrar em contato com o Corcovado (Foto: Divulgação)



Veterano no esporte, o paraquedista tem mais de 10 mil saltos no currículo. O sucesso das suas empreitadas rendeu parcerias. De volta ao Brasil após morar 11 anos em Los Angeles, nos Estados Unidos, ele se reuniu em um escritório com o surfista de ondas gigantes Carlos Burle para realizar os mais impressionantes projetos.

Tanto trabalho fez com que, atualmente, Cani se tornasse muito mais um empreendedor que um paraquedista. Mas um emprendedor que voa, ele faz questão de garantir. (Assista à íntegra do programa ao lado)

- O meu foco profissional hoje são dois: atleta e produtor. Eu não sou um atleta de competição mais, eu sou um atleta veterano. Procuro usar este conhecimento, aprendizado, para executar as minhas ideias. Obviamente, sempre antes de todo projeto, eu vou lá e treino um pouquinho para tirar a ferrugem também, né?






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