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Terça - 13 de Março de 2012 às 07:16
Por: JOANICE DE DEUS

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O ex-cabo da Polícia Militar, Hércules de Araújo Agostinho, senta novamente hoje no banco dos réus. A partir das 8 horas, ele vai a julgamento, no Tribunal do Júri, acusado de executar o radialista Rivelino Jacques Brunini e Fauze Rachid Jaudy e pela tentativa de homicídio contra o pintor Gisleno Fernandes.

O crime ocorreu no dia 6 de junho de 2002, às 15 horas, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), próximo à sede da Polícia Federal, em Cuiabá. O julgamento será conduzido pela titular da 1ª Vara Criminal, Mônica Perri. O promotor que atua no caso é Antônio Sérgio Piedade.

Conforme o Ministério Público, Brunini era sócio da empresa Mundial Games, concessionária de máquinas caça-níqueis da organização criminosa chefiada pelo bicheiro João Arcanjo Ribeiro, que explorava com exclusividade o ramo de jogos eletrônicos em Mato Grosso.

Porém, a vítima associou-se a um grupo do Rio de Janeiro, que pretendia acabar com o monopólio de Arcanjo no Estado. Por conta disso, o bicheiro teria mandado executar Brunini. Fauze Rachid e Gisleno Fernandes foram atingidos apenas por estarem na companhia de Brunini.

No dia do crime, segundo as investigações, Brunini, Fauze e Gisleno estavam em uma oficina mecânica, na Avenida do CPA, quando foram surpreendidos por Hércules. O ex-cabo se aproximou em uma motocicleta e, utilizando uma arma de fogo de 9 milímetros, efetuou vários disparos contra os três.

Brunini foi atingido por sete disparos e morreu na hora. Fauze Rachid e Gisleno Fernandes foram atingidos por um disparo cada um, porém Fauze Rachid não resistiu e acabou morrendo. As investigações apontam que, enquanto Hércules efetuava os disparos, o comparsa dele, Célio Alves de Souza, dava cobertura. Pelo crime, receberiam a importância de R$ 20 mil.

Apesar de denunciado pelos crimes, o processo de Célio Alves foi desmembrado em virtude de um recurso protocolado no Tribunal de Justiça. O mesmo ocorreu em relação a João Arcanjo, denunciado há dois anos como mandante da dupla execução.

Nesse duplo homicídio também aparecia como réu, na condição de contratante dos assassinos, o coronel aposentado da Polícia Militar Frederico Carlos Lepesteur. Este morreu vítima de câncer em setembro de 2007, cinco anos depois dos assassinatos.




Fonte: Do DC

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