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Internacional
Segunda - 12 de Março de 2012 às 11:09

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Reuters
Em imagem cedida por opositores, crianças aparecem mortas no que teria sido uma ação do próprio Exército sírio
Em imagem cedida por opositores, crianças aparecem mortas no que teria sido uma ação do próprio Exército sírio

Rebeldes encontraram 47 corpos no bairro de Karm el-Zeitun, na cidade de Homs, nesta segunda-feira. Segundo ativistas, as vítimas são 26 crianças e 21 mulheres. Elas teriam sido esfaqueadas, algumas ainda teriam sido degoladas e depois queimadas por forças do regime de Bashar al-Assad, de acordo com opositores. Desde domingo, mais de 100 pessoas morreram no reduto rebelde.

- Depois de bombardear a cidade, as forças de segurança começaram a entrar casa por casa em busca de ativistas - explicam os rebeldes. - Eles deram total liberdade para os soldados saquearem casas e lojas.

Homs foi bombardeada por quatro semanas por tropas do governo até que Damasco retomou o controle da cidade na semana passada. Desde então, grupos de ajuda humanitária tentam ter acesso aos bairros mais afetados da cidade em vão.

O governo reconheceu as mortes, mas responsabilizou grupos armados pelo incidente.

"Os grupos armados terroristas sequestraram muitos civis na cidade de Homs, mataram e mutilaram seis corpos e os filmaram para mostrar para a imprensa", anunciou a agência estatal Sana em seu site.

O Comitê de Coordenação Local e o Observatório Sírio para Direitos Humanos disseram nesta segunda-feira que as mortes foram obra de homens armados da milícia "Shabiha", que teve um importante papel na repressão da revolta que já dura um ano. Segundo ativistas, além das quase 50 crianças e mulheres mortas, outras sete pessoas foram assassinadas no bairro de Jobar, que fica ao lado de Baba Amro.

Os ataques aconteceram horas depois de o enviado especial da ONU e da Liga Árabe para Síria, Kofi Annan, deixar o país. Apesar dos relatos de violência e atrocidades vindos de Damasco, o porta-voz de Annan disse que a missão mediadora está no "caminho certo". O Conselho Nacional da Síria, principal órgão opositor, pediu uma reunião de emergência no Conselho de Segurança para avaliar as mortes desta manhã, informou a agência de notícia AFP.





Fonte: O Globo

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