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Cidades/Geral
Domingo - 11 de Março de 2012 às 16:00
Por: RODRIGO VARGAS

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Com quatro trincheiras licitadas e ordens de serviço prontas para a emissão, a Avenida Miguel Sutil será a primeira grande via a ganhar o aspecto de “canteiro de obras” prometido desde o anúncio de Cuiabá como sede da Copa de 2014, há quase três anos.

O início das grandes obras de mobilidade marca também o começo de uma mudança radical na rotina de milhares de moradores da Capital, que terão de se habituar a bloqueios, desvios e rotas alternativas por um prazo estimado, na visão mais otimista, em dois anos.

Nesta semana, técnicos da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 se reuniram com representantes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU). Em pauta, os últimos detalhes da operação conjunta que tentará minimizar o impacto das intervenções urbanas sobre o já conturbado trânsito da Capital.

“Todos nós vamos reaprender a andar em Cuiabá e vamos alterar a nossa rotina. As pessoas vão ter de se reeducar, e isso vai ser meio forçado”, reconhece assessor especial de Mobilidade Urbana da Secopa, o arquiteto Rafael Detoni.

As quatro trincheiras já licitadas na Miguel Sutil são as dos trechos Jurumirim/Trabalhadores, Santa Rosa, Verdão e Ciríaco Cândia (Mário Andreazza). Outra licitação, a do viaduto no trecho do Despraiado, teve de ser relançada por exigência do Tribunal de Contas, mas também fará parte do “pacote” previsto para a “Avenida Perimetral”.

Segundo Detoni, um dos pressupostos das obras será evitar “ao máximo” o bloqueio total do tráfego pela avenida. “Não vou dizer que eventualmente não iremos bloquear. Se isso ocorrer, porém, será em operações programadas no final de semana”, disse.

Dados da Secopa apontam que, somente no sentido Várzea Grande-Cuiabá, mais de 2.000 veículos acessam a avenida por hora. No horário de pico, a rotatória do Santa Rosa dá vazão a um fluxo de 5,4 mil veículos por hora.

A metodologia de construção das trincheiras, segundo o arquiteto, irá permitir a manutenção do tráfego equivalente a 40% do normal na avenida. “A trincheira começa pelo alargamento das vias laterais de acesso à rotatória. Assim que houver um mínimo de condição de tráfego nas vias laterais, então se interdita a pista central e começa a escavação”, diz o arquiteto.

Rotas alternativas serão preparadas para receber parte do fluxo que chegar ao ponto das obras. Neste ponto, Secopa e SMTU têm posições divergentes (leia matéria nesta página).

“Vamos fazer um recape nas vias que necessitarem, colocar placas de proibido estacionar, dizer que é mão única, colocar cones de sinalização”, relata.

Segundo Detoni, não há mais “folga” no cronograma para escalonamento de obras. “Não há mais tempo para isso. Como três trincheiras foram ganhas pela mesma empresa, o que vamos pedir é que, se tiver que haver bloqueio no tráfego, que não seja ao mesmo tempo”.




Fonte: Do DC

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